Numa mensagem de vídeo enviada à imprensa, Bernardino Soares, do Comité Central, afirma que a reunião que juntou ontem especialistas e políticos para avaliar a evolução da pandemia comprovou aquilo que os comunistas têm vindo a defender.
“As medidas restritivas não são a resposta para o combate à epidemia da covid-19”, afirmou, defendendo o fim de todas as medidas atualmente em vigor por terem, no seu entender, um impacto muito reduzido comparativamente à vacinação.
No mesmo vídeo, Bernardino Soares sublinha que apesar do elevado número de novos casos diários de infeção, a situação está “substancialmente diferente” comparativamente ao ano passado no que respeita aos óbitos e internamentos.
É perante este cenário que o PCP pede que sejam eliminadas as restrições impostas para mitigar a pandemia, designadamente aquelas que afetam a atividade económica, o funcionamento das escolas e a atividade cultural.
Ainda assim, os comunistas alertam para uma situação de sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde e manifestam-se particularmente preocupados com os cuidados de saúde primários.
“É grave que sempre que há uma subida do número de casos deixe de haver capacidade para fazer o seu acompanhamento e o seu rastreio, porque não há meios suficientes para o fazer”, lamentou Bernardino Soares.
Por outro lado, o membro do Comité Central do PCP refere ainda a situação particular dos médicos de família, que têm dado também apoio ao processo de vacinação e têm sido responsáveis pelo acompanhamento de doentes Covid-19.
“Em geral, todos os profissionais do Serviço Nacional de Saúde estão em situação de sobrecarga, o que evidencia bem que não foram tomadas as medidas para que pudesse ser reforçado o número de profissionais”, conclui.
Quanto às eleições legislativas, que se realizam a 30 de janeiro, Bernardino Soares reiterou a posição anteriormente transmitida pelo secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa: “É preciso garantir que o exercício do direito ao voto se faz com todas condições de proteção e com a garantia da presencialidade e da fiabilidade do voto de todos os cidadãos portugueses”.
LUSA/HN
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