Embora os investigadores tenham concluído que intervenções como a aeróbica e o treino de força ou resistência funcionaram, os doentes com asma podem ter tido dificuldade em realizá-las devido à sua dificuldade em deslocar-se aos grupos de fitness, ou porque as intervenções eram inadequadas para pessoas com outros problemas de saúde.
A equipa de investigadores considera que as intervenções digitais, como videochamadas, smartwatches e apps, podem remover algumas dessas barreiras e permitir que os doentes realizem programas no domicílio futuramente.
O professor Andrew Wilson, da UEA’s Norwich Medical School, disse: “Ser fisicamente ativo é amplamente recomendado para pessoas com asma. Praticar mais de 150 minutos por semana de atividade física moderada a intensa traz grandes benefícios, incluindo melhoria da função pulmonar e controlo da asma”.
“Mas a investigação mostrou que as pessoas que vivem com asma praticam menos atividade física e são mais sedentárias do que as pessoas sem asma”, acrescentou.
“Queríamos descobrir se as intervenções – como ser solicitado a fazer exercícios aeróbicos algumas vezes por semana em sessões de grupo, juntamente com a definição de metas – são eficazes para ajudar as pessoas com asma a serem mais ativas”, explicou o professor.
Para tal, o grupo estudou intervenções elaboradas para promover a atividade física em adultos com asma. Para perceber se os sintomas e a qualidade de vida mudaram graças às intervenções, foram analisados 25 estudos (1.849 participantes com asma).
A investigadora Leanne Tyson, também da UEA’s Norwich Medical School, revelou: “Descobrimos que as intervenções que promovem a atividade física tiveram benefícios significativos em termos de aumento da atividade física, diminuição do tempo sedentário, melhoria da qualidade de vida e redução dos sintomas de asma”. Segundo a investigadora, isso “é muito importante” porque ajudar os doentes a mudar significativamente os seus comportamentos “pode realmente melhorar os seus outcomes a longo prazo”.
Leanne Tyson destaca também a relevância das intervenções digitais, sobretudo durante a pandemia de Covid-19, defendendo que “intervenções e métodos de entrega alternativos precisam de ser considerados”.
AlphaGalileo/HN/Rita Antunes
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