Coimbra e Leiria querem nova maternidade e revisão do sistema de portagens

11 de Janeiro 2022

Uma nova maternidade em Coimbra e a revisão do sistema de portagens nas autoestradas 13, 17 e 19 estão entre as reivindicações das comunidades intermunicipais (CIM) das regiões de Leiria e Coimbra, que hoje se reuniram em cimeira, em Ansião.

No documento final, entregue aos jornalistas, constam oito temas, da saúde ao conhecimento, dos transportes e mobilidade à coesão territorial e economia social, da competitividade e inovação às florestas, mas também o ambiente, cultura e turismo e política de cidades, por onde se distribuem 50 áreas de atuação.

Na saúde, é apontada uma nova maternidade em Coimbra ou a requalificação/ampliação do Centro Hospitalar de Leiria, passando ainda por outras unidades de saúde, como o Hospital dos Covões e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, além do “reforço da rede de cuidados de saúde primários e de cuidados continuados”.

No âmbito do conhecimento, consta, entre outros aspetos, o reforço da rede regional de residências para estudantes do ensino superior e na área dos transportes, além da modernização e eletrificação do troço Caldas da Rainha-Leiria-Louriçal-Coimbra da Linha ferroviária do Oeste, a requalificação do Itinerário Principal 3 e a “criação de um instrumento que permita a realização de intervenções em vias com estrangulamentos, insegurança rodoviária” ou vias degradadas.

Uma política de ação integrada de mitigação da erosão costeira e planos integrados intermunicipais de tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos, com custos sustentáveis para os cidadãos, são propostas no tema ambiente, cultura e turismo.

Quanto à coesão territorial e economia social, as duas comunidades intermunicipais pretendem, além da revisão do sistema de portagens nas autoestradas 13, 17 e 19, “vencer o desafio da demografia”, com “programas de atração de novos residentes e migrantes”, e uma aposta na habitação a preços acessíveis e nas rendas controladas.

Na política de cidades, outro dos temas, as duas comunidades querem “um quadro de política pública e financiamento adequado” para as cidades e vilas de média dimensão, referindo ainda a “desconcentração de serviços públicos da administração central”.

As duas comunidades intermunicipais reclamam, no âmbito da competitividade e inovação, a requalificação e ampliação do porto comercial da Figueira da Foz, mais investimento para áreas de acolhimento empresarial, a aposta no trabalho em rede das infraestruturas de incubação, aceleração e parques tecnológicos, além de um programa de redução fiscal dos custos de energia e de estabilização de preços dos contratos de fornecimento de eletricidade.

Nas florestas, as Regiões de Leiria e de Coimbra elencam, por exemplo, a revitalização das matas nacionais e outras paisagens protegidas, o aumento da capacitação para a gestão de riscos e um programa de aumento de resiliência do setor florestal com uma simultânea aposta na multifuncionalidade da floresta, aumentando, desta forma, a capacidade de resposta às alterações climáticas.

Nova cimeira dos 29 municípios que integram as comunidades intermunicipais das regiões de Leiria e Coimbra ficou hoje agendada para fevereiro, num concelho da Comunidade Intermunicipal de Coimbra.

A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra inclui os municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares.

Fazem parte da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Portugal tem101 médicos especializados em cuidados a idosos

Portugal conta com 101 médicos geriatras especializados em cuidados a idosos, segundo a Ordem dos Médicos, uma especialidade médica criada no país há dez anos mas cada vez com maior procura devido ao envelhecimento da população.

Mudanças de comportamento nos idosos podem indiciar patologias

Mudanças de comportamento em idosos, como isolar-se ou não querer comer, são sinais a que as famílias devem estar atentas porque podem indiciar patologias cujo desenvolvimento pode ser contrariado, alertam médicos geriatras.

MAIS LIDAS

Share This