CDU acusa PS de dar “murro no estômago” aos algarvios ao não resolver falta de médicos

21 de Janeiro 2022

O dirigente comunista João Oliveira acusou esta sexta-feira o PS de dar um "murro no estômago" na população do Algarve ao não resolver o problema da falta de médicos na região.

João Oliveira começou o dia no Centro de Saúde de São Bartolomeu de Messines, no concelho de Silves, o único município da CDU no distrito de Faro.

Há cartazes afixados em frente a esta unidade de saúde, mas é o nome de João Ferreira que aparece. A pandemia é mais rápida do que a reimpressão de cartazes e a tarefa de cumprir a agenda do secretário-geral do PCP na campanha eleitoral é agora do líder parlamentar comunista.

Neste centro de saúde a comunicação entre médicos e utentes é um dos principais problemas. Quem o diz é Domingues Gonçalves, de 84 anos, ou como disse na brincadeira: “Tenho 48 anos”.

O utente desta unidade de saúde abordou o dirigente comunista no final de um encontro com a população desta freguesia. Queixou-se de que aqui só há dois médicos para uma população de pouco mais de 8.000 habitantes, de acordo com os resultados provisórios dos censos de 2021.

E dos dois médicos, apenas um fala português, o que leva a maioria da população a escolhê-lo, sobrecarregando este profissional de saúde. Médicos de família não há, relataram também vários populares ao longo desta iniciativa de campanha eleitoral.

“A realidade é um murro no estômago”, considerou João Oliveira, depois de ouvir todos os testemunhos, e o Algarve, prosseguiu, é uma região do país onde os médicos não se querem fixar por falta de incentivos do Governo PS.

Face a esta carência, continuou, o que o executivo liderado por António Costa fez foi “transferir para cima das costas” de familiares os cuidados de saúde.

O que a CDU propõe, em contrapartida, é a criação de medidas de incentivo para jovens médicos, que permitam que concluam a formação em regiões como o Algarve e depois tenham outros apoios para se fixarem, nomeadamente, o apoio à natalidade e à habitação, assim como carreiras atrativas. Foi esta a opção que João Oliveira colocou em cima da mesa.

LUSA/HN

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