Conselho de administração do CHS contrata onze novos médicos-especialistas

Conselho de administração do CHS contrata onze novos médicos-especialistas

Segundo o CHS, os novos médicos contratados desde fevereiro vão reforçar as especialidades de Cardiologia, Cirurgia Geral, Gastrenterologia, Imunoalergologia, Oncologia Médica, Pediatria Médica, Urologia, Neurologia, Ginecologia/Obstetrícia, Doenças Infeciosas, Medicina Interna.

Em comunicado, o conselho de administração do CHS congratula-se com admissão dos profissionais, felicitando-os pelo início de funções na unidade de saúde.

A contratação dos 11 novos clínicos fica, no entanto, muito aquém das 40 vagas abertas e das necessidades do CHS, que se depara desde há alguns anos com falta de pessoal médico para dar resposta a mais de 200 mil pessoas dos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra e de diversos municípios do Litoral Alentejano.

A falta de pessoal médico já levou a Direção Executiva do SNS a determinar o encerramento da Urgência Pediátrica do CHS em fins de semana alternados, situação que se deverá manter até 30 de junho, mas os constrangimentos nos atendimentos de doentes também têm sido frequentes na Urgência de Obstetrícia e na Urgência Geral do Centro Hospitalar de Setúbal.

LUSA/HN

Médicos e enfermeiros das Caldas da Rainha reforçam maternidade de Leiria

Médicos e enfermeiros das Caldas da Rainha reforçam maternidade de Leiria

Durante o período de encerramento da Maternidade do Hospital das Caldas da Rainha para obras, “equipas de profissionais do Serviço de Ginecologia – Obstetrícia vão reforçar a equipa do Hospital de Leiria”, anunciou a presidente do Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), Elsa Baião.

Em conferência de imprensa, a responsável especificou que “três médicos e cinco enfermeiros deslocar-se-ão ao Centro Hospitalar de Leiria, em dias fixos, para reforçar as respetivas equipas, tendo em conta que eles vão ter um volume de atividade acrescido”.

Em causa está o encerramento do Serviço de Ginecologia – Obstetrícia do Hospital das Caldas da Rainha, entre 01 junho e 31 de outubro, para a realização de obras de requalificação.

O fecho “não afeta o serviço de Ginecologia, que vai continuar a funcionar normalmente”, clarificou Elsa Baião, lembrando que a suspensão se refere ao internamento, bloco de partos e urgência obstétrica, sendo as grávidas encaminhadas para o Hospital de Leiria.

Durante este período, “estão criados planos de contingência caso sejam necessárias mais camas” no Hospital de Leiria para assegurar a resposta às grávidas.

Aquela instituição de saúde aconselha as grávidas a contactarem “previamente a Linha de Saúde 24 antes de se deslocarem” ao Hospital de Leiria.

A requalificação da maternidade das Caldas da Rainha, orçada em 1.208.316,50 euros vai centrar-se três intervenções, das quais, segundo Elsa Baião, a primeira será a remodelação da rede de esgotos do Bloco de Partos, que deverá ficar concluída em quatro semanas e terá um custo de 22 mil euros, financiados apenas pelo Centro Hospitalar do Oeste (CHO).

Seguir-se-á a requalificação do Bloco de Partos, obra que custará 440 mil euros e “permitirá criar quartos para parto e reabilitar as instalações sanitárias tanto para utentes como profissionais”, disse a presidente do CA.

A esta intervenção soma-se um investimento de 285 mil euros na aquisição de novos equipamentos.

Por último, será intervencionado o internamento do serviço e será criado “um posto de vigilância”, que “aumentará a segurança”, concluiu a administradora.

Do total da obra, 401.255,60 euros são financiados no âmbito do programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Partos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), 725.000,00 euros financiados pela Câmara das Caldas da Rainha, e 82.060,90 euros suportados pelo CHO.

Em comunicado, o PCP criticou hoje o encerramento da maternidade e anunciou que o seu grupo parlamentar tomou a iniciativa de chamar à Assembleia da República o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

O CHO integra os hospitais de Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro), abrangendo 298.390 habitantes.

LUSA/HN

Movimento Ação Ética disponibiliza declaração de “objeção de consciência” para a prática da eutanásia

Movimento Ação Ética disponibiliza declaração de “objeção de consciência” para a prática da eutanásia

A minuta está disponível na página do MAE na Internet e, para Paulo Otero, constitucionalista e professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e fundador deste movimento, “não está aqui em causa um apelo à desobediência civil, mas pretende-se garantir o direito fundamental à autonomia individual dos profissionais de saúde quando estão em causa questões de consciência que conflituam com a ética ou a moral da pessoa”.

Segundo o MAE, apesar da sua publicação em Diário da República, a lei que legaliza a morte medicamente assistida “não pode constituir um limite à consciência da pessoa”.

“Um cidadão não está por isso obrigado” a atuar de acordo com as autoridades civis, “quando as prescrições legais são contrárias às suas exigências de ordem moral, religiosa ou filosófica”, acrescenta um comunicado do Movimento que integra, além de Paulo Otero, figuras como o economista António Bagão Félix e os médicos Pedro Afonso e Víctor Gil no lote dos fundadores.

O Movimento Ação Ética expressa ainda “preocupação com o relativismo” que se tem propagado na sociedade, “dissolvendo a diferença entre o bem e o mal e os limites éticos à liberdade individual, quando está em causa a inviolabilidade da vida humana, tal como está consagrado na nossa Constituição”.

O psiquiatra Pedro Afonso, citado no comunicado, considera que o médico “deve estar do lado da vida, junto dos doentes, aliviando o seu sofrimento, fazendo tudo para os libertar daquela situação” e “não pode passar para o outro lado, para ter o papel de autêntico carrasco, participando no suicídio dos pacientes”.

“Os médicos não podem alternar entre serem uma referência profissional, amiga e confiável, e serem os executantes de uma sentença de morte arbitrária”, acrescenta.

O MAE foi fundado em 01 de janeiro de 2021, com o objetivo de defender “abordagens, reflexões, estudos e contributos em torno das questões éticas atuais, propondo uma ética centrada na pessoa e na valorização da vida humana, combatendo a indiferença e o relativismo ético”.

LUSA/HN

Governo admite problemas nas maternidades de Lisboa e Vale do Tejo no verão

Governo admite problemas nas maternidades de Lisboa e Vale do Tejo no verão

“Haverá alguma rotação no Algarve, mas o problema é sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo, mas entendemos que não podíamos atrasar mais as obras nas maternidades que precisam mesmo desse investimento”, explicou Manuel Pizarro.

O ministro disse que se irá “aproveitar integralmente o edifício materno infantil do Hospital de São Francisco Xavier, no Restelo, que é um edifício de grande qualidade, do ponto de vista das comodidades e de equipamentos e para onde vão ser deslocadas as equipas do Santa Maria. Isto é, dentro da cidade de Lisboa há uma maternidade que vai substituir plenamente a maternidade do [hospital de] Santa Maria” que irá entrar em obras.

“Admitimos que pode haver um dia ou outro com um afluxo excessivo das pessoas, por isso mesmo, estabelecemos um acordo com as maternidades privadas para garantir que se houver um afluxo excessivo nalgum dia, a alternativa está assegurada com tranquilidade com qualidade e com segurança para as mulheres”, sublinhou, respondendo às críticas que tem sido formuladas pela Federação Nacional dos Médicos e de alguns partidos, que consideram tratar-se da “degradação do Serviço Nacional de Saúde”.

Manuel Pizarro explicou ainda que “o encaminhamento das grávidas será a partir do Codu [Centros de Orientação de Doentes Urgentes] , sabendo-se em cada dia qual o hospital com maior disponibilidade”, considerando que com o serviço no Hospital Francisco Xavier a oferta será “mais do que suficiente, até porque em Lisboa continuará a funcionar em pleno a Maternidade Alfredo da Costa”.

“Se não houvesse nenhum constrangimento em recursos humanos não haveria necessidade de funcionamento rotativo, mas ainda que não houvesse funcionamento rotativo nós teríamos de fazer as obras na maternidade do Santa Maria”, acrescentou.

Sobre quais os hospitais privados que já se candidataram, Manuel Pizarro disse saber “apenas o que hoje saiu na imprensa” de que já há três grupos interessados – Lusíadas, Luz e CUF – referindo que “o processo ainda está em curso”.

O ministro da Saúde falava aos jornalistas à margem de uma sessão sobre “Saúde, Qualidade de Vida, Envelhecimento e Políticas Públicas”, Conversas no Bonfim “Saúde e Qualidade de Vida 55+”, na Junta de Freguesia do Bonfim, no Porto.

LUSA/HN

Type 2 Academy: formação para jovens nas especialidades relacionadas com inflamação tipo 2

Type 2 Academy: formação para jovens nas especialidades relacionadas com inflamação tipo 2

A Type 2 Academy pretende ser uma plataforma de educação médica que tem como intuito capacitar de forma mais objetiva jovens médicos, recém-especialistas ou internos nas especialidades relacionadas com as doenças inflamatórias tipo 2, como asma, dermatite atópica e rinossinusite crónica com polipose nasal.

Através da promoção de uma aprendizagem multidisciplinar, os formandos terão a oportunidade de enriquecer os seus conhecimentos relativamente a diversos temas, através da participação em masterclasses, workshops presenciais, touchpoints virtuais e visitas a centros de excelência internacionais – Itália e Espanha.

Por se tratar de uma formação exclusiva, foram já selecionados 36 participantes recém-especialistas de Dermatologia, Imunoalergologia, Otorrinolaringologia e Pneumologia.

“Acredito que esta é apenas a primeira edição de uma iniciativa que irá fazer a diferença no conhecimento de especialistas em relação às Doenças Inflamatórias do Tipo 2. A Sanofi, ao longo dos anos, tem vindo a trabalhar para melhorar a qualidade de vida daqueles que possuem estas patologias e, agora, temos a expectativa de melhorar os conhecimentos daqueles que lhes prestam os cuidados de saúde”, disse Marisol Garcia Pulgar, General Manager da área de Cuidados Especializados da Sanofi.

Este programa, organizado pela Sanofi, terá a duração de um ano e conta com o patrocínio científico de diversas entidades, como a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, a Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

“A Type 2 Academy é uma excelente iniciativa, que vai permitir a correlação clínica e imunológica de diferentes patologias, abordadas por especialidades diversas, mas com uma base fisiopatológica em comum: a inflamação tipo 2. A interação entre estas diferentes especialidades permitirá uma integração de conhecimentos, de modo a que se possa proporcionar uma melhor abordagem ao diagnóstico e tratamento dos doentes com patologias mediadas por este tipo de inflamação. São elevadas as expectativas para esta Academia e espero que seja um fórum de partilha de experiências em prol dos doentes”, afirmou Leonor Ramos, dermatologista no CHUC.

Bruno Duarte, também dermatologista (CHULC-HSAC), comentou: “A Type 2 Academy é um evento inovador e multidisciplinar, visando a aquisição pelos aprendizados de conhecimentos teóricos e práticos sobre a imunidade tipo 2, a qual é um pilar fisiopatológico central partilhado pelas diferentes entidades clínicas visadas nesta academia. A interseção destas entidades clínicas aparentemente distintas e geridas por diferentes especialidades médicas torna este evento tão interessante e promissor, deixando antever uma discussão multidisciplinar alargada que será benéfica para todos os intervenientes, alunos e formadores. Visamos, no final, que os aprendizados estejam aptos a discutir as diferentes entidades clínicas imuno-mediadas onde a ativação do tipo II é robusta e as implicações fisiopatológicas e terapêuticas do seu bloqueio, absorvendo o conhecimento e experiências próprias que cada especialidade médica tem para oferecer.”

O compromisso da Sanofi vai para além do desenvolvimento de novos medicamentos para doentes. A companhia tem vindo a reforçar a sua aposta em literacia em saúde, em particular no desenvolvimento de programas de disease awareness, materiais educacionais e outros recursos que possam contribuir para informar e capacitar as pessoas que vivem com doenças e suas famílias, apostando agora também na formação de médicos e especialistas em saúde.

PR/HN/RA