Segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no ano passado os CODU atenderam mais de 1,3 milhões de chamadas, que resultaram em mais de 1,2 milhões de meios acionados, números que revelam um aumento da atividade do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) comparativamente ao ano de 2020.
Os números do INEM indicam que, em média, foram atendidas 3.758 chamadas por dia (156/hora) e que, no total, foram triadas mais 62.918 chamadas no ano passado do que em 2020.
Os números correspondem a pedidos de ajuda efetuados via 112 para assistência a vítimas de acidente ou doença súbita, pedidos de triagem por parte dos parceiros no SIEM e chamadas transferidas pelo Centro de Contacto do SNS (SNS 24).
Segundo o INEM, 92.948 chamadas atendidas em 2021 não correspondiam a emergências e, por isso, foram encaminhadas para o SNS 24. Por seu lado, o SNS 24 transferiu para os CODU 57.888 chamadas que foram consideradas emergentes pelos profissionais daquele serviço.
No âmbito da pandemia, o INEM acionou 155.415 meios de emergência para situações diretamente relacionadas com a infeção pelo SARS-CoV-2, mais 12.736 do que em 2020.
As chamadas efetuadas para o Número Europeu de Emergência – 112 são atendidas em primeira linha nos Centros Operacionais 112, geridos pelas Forças de Segurança.
O 112 encaminha para os CODU do INEM todas as situações que digam respeito a saúde, competindo a esta central médica do INEM avaliar todos os pedidos recebidos para determinar os recursos necessários e adequados a cada ocorrência.
A triagem resultante do atendimento efetuado nos CODU levou à ativação de 1.266.412 meios de emergência médica, entre as diversas tipologias de ambulância existentes, motociclos de emergência, viaturas médicas de emergência e reanimação e helicópteros, de acordo com a gravidade de cada situação.
Os dados do INEM indicam que, comparativamente a 2020, foram acionados mais 94.534 meios de emergência.
O funcionamento dos CODU do INEM é assegurado, 24 horas por dia, por equipas de médicos, técnicos de emergência pré-hospitalar e psicólogos com formação específica para efetuar o atendimento, triagem, aconselhamento, seleção e envio de meios de emergência, explica o instituto.
O INEM lembra que “a colaboração de todos os cidadãos é fundamental para um correto funcionamento dos CODU” e recomenda, em caso de acidente ou doença súbita, que ao ligar para o 112 o cidadão informe, de forma clara e simples, qual a sua localização exata, o número de telefone do qual está a ligar, o tipo de situação (doença, acidente, parto, etc.), a idade aparente e sexo das pessoas a necessitar de ajuda e as principais queixas e as alterações que observa.
“As perguntas efetuadas pelos profissionais dos CODU são muito importantes para a atuação do INEM, pois visam determinar qual o tipo emergência e os meios de socorro mais adequados para dar resposta à situação em questão. Deste modo, facultar toda a informação que seja solicitada vai permitir uma assistência mais eficaz”, explica.
Apela ainda para o uso dos meios de emergência médica pré-hospitalar “apenas em situações de emergência, ou seja, situações onde exista perigo de vida iminente”.
LUSA/HN
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