Em Moscovo, a principal fonte de infeção da Rússia, o número de infeções foi de 17.528 nas últimas 24 horas, o registo diário mais elevado na capital russa.
Em São Petersburgo, a segunda cidade da Rússia, foram detetados 9.535 novos casos, também o registo mais alto de sempre, de acordo com os dados oficiais citados pela agência de notícias espanhola EFE.
As autoridades russas atribuíram o aumento de casos dos últimos dias à variante Ómicron do vírus, considerada mais transmissível, mas menos letal.
Segundo as autoridades, a variante Delta ainda é dominante no país, mas a Ómicron já representa 48,1% dos casos.
A nova variante foi agora detetada em mais de 64 das 85 regiões da Rússia, mais quatro do que os dados de sábado.
Apesar do aumento das infeções, continua a verificar-se uma tendência decrescente das mortes causadas pela doença infeciosa: 679 nas últimas 24 horas, depois de terem morrido mais de 1.000 pessoas por dia durante vários meses.
Até agora, a Rússia contabilizou mais de 11,1 milhões de casos de Covid-19, com 326.112 mortos, segundo os dados oficiais citados pela agência de notícias russa TASS.
A letalidade da doença na Rússia está agora ao nível de 2,94%, menos 0,1 pontos percentuais relativamente a sábado, indicam os dados oficiais.
Tendo em conta o forte aumento de casos, as autoridades de Moscovo recomendaram o tratamento domiciliário para os maiores de 65 anos e doentes crónicos.
Pediram também às empresas que reintroduzissem o teletrabalho para o maior número possível de pessoas para evitar aglomerações nos transportes públicos.
O próprio Governo anunciou que as suas instituições estão a regressar ao teletrabalho, como aconteceu em março de 2020, numa tentativa de travar o avanço da nova onda de coronavírus.
O Presidente russo, Vladimir Putin, também reduziu o número de eventos públicos em que participa e está a trabalhar num regime misto de reuniões por teleconferência e presenciais.
O chefe do Centro Gamaleya, que desenvolveu a vacina russa Sputnik V, reafirmou hoje que a preparação é eficaz contra a variante Ómicron, segundo a EFE.
Alexandr Ginzburg alertou, no entanto, que a pandemia não deverá terminar com a variante Ómicron, porque a sua rápida propagação poderá fazer com que surjam novas mutações do vírus.
LUSA/HN
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