Investigadora diz que inteligência artificial vai permitir “um novo nível de medicina personalizada”

28 de Janeiro 2022

De acordo com a investigadora Carla Gomes, a inteligência artificial poderá desenvolver um papel importante na prevenção e diagnóstico de doenças, permitindo “um novo nível de medicina personalizada”. As declarações surgem no âmbito de uma conferência promovida, esta quarta-feira, pelo Hospital CUF Descobertas.

Foi no evento “Inteligência Artificial e Modelação Anatómica 3D na Prática Clínica” que a professora de Ciências da Computação realçou a forma como a IA poderá impactar a área da medicina. Segundo Carla Gomes, as recentes descobertas na área da IAestão a mudar o paradigma dos cuidados de saúde no mundo”. A investigadora sublinhou que os novos processamentos de imagens médicas “permitirão abordagens radicalmente diferentes, como cirurgias robóticas remotas ou, ainda, a criação automática de modelos 3D detalhados e anatomicamente precisos a partir de tomografias computadorizadas”.

“Esses modelos podem, a título de exemplo, ser usados para preparar e planear uma cirurgia ou, ainda, para diagnóstico”, conclui.

A também Diretora e fundadora do Instituto para a Sustentabilidade Computacional da Cornell University, em Nova Iorque, frisou que a IA terá grande impacto na prevenção e monitorização de doenças.Permitirá um novo nível de medicina personalizada e preventiva, com recurso a vários dispositivos médicos que permitirão monitorizar de forma contínua, por exemplo, a pressão arterial ou recomendar ações preventivas de forma a orientar quem usa esses dispositivos.”

A investigadora, conhecida pelo seu trabalho pioneiro no desenvolvimento de métodos computacionais para fazer face aos desafios da sustentabilidade, tem vindo a dedicar a sua investigação à Inteligência Artificial e mais recentemente aplicada à saúde.

PR/HN/Vaishaly Camões

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