Segundo os dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO), em janeiro deste ano morreram 11.602 pessoas, pouco mais de metade (59%) do que em janeiro do ano passado, em que se bateram recordes de novos máximos de óbitos quase diários.
O dados mostram que em janeiro deste ano morreram menos 8.050 pessoas do que no mesmo mês do ano passado e que este ano apenas se verificou excesso de mortalidade em cerca de metade dos dias do mês.
Segundo a informação disponível no ‘site’ do SICO, depois de um janeiro negro em 2021, com um pico da pandemia de Covid-19 a contribuir para se baterem recordes diários da mortalidade por todas as causas e os valores a chegarem às 748 mortes no dia 20, este foi igualmente o dia em que se registaram mais mortes este ano, mas um valor bem diferente: 438.
No extremo oposto, este ano, o dia 02 de janeiro foi aquele em que se registaram menos óbitos, com 323.
Comparando os óbitos registados em janeiro deste ano com o mesmo mês de 2019 (12.925), quando a pandemia chegou a Portugal – com o primeiro caso em março -, este ano morreram menos 1.323 pessoas.
O mês de janeiro do ano passado foi aquele que somou mais mortos nos últimos 13 anos, com 19.652 óbitos.
Em janeiro do ano passado, excluindo os primeiros quatro dias do mês, em todos os outros foi ultrapassado o valor máximo de óbitos registado em cada um dos dias do mesmo mês nos últimos 13 anos. Em quase todos os dias morreram mais de 500 pessoas. Já este ano, na maioria dos dias de janeiro morreram menos de 400 pessoas (por todas as causas).
Quanto aos óbitos considerados “em excesso” pelas autoridades de saúde, relativamente ao que era esperado, os dados do SICO mostram que este ano não houve excesso de mortalidade em mais de metade dos dias do mês e que, no total, foram 411 os óbitos em excesso.
Já no ano passado, só na última semana do mês de janeiro o excesso ultrapassou os 2.500.
Em relação ao “tipo de morte”, os dados do SICO mostram que, em janeiro, a maioria (88,1%, 10.227) foi considerada natural, 1.252 (10,7%) ficou sujeita a investigação e 96 (0,8%) deveu-se a causas externas.
Relativamente ao local do óbito, a maioria (63,7%, 7.394) morreu numa instituição de saúde, 2.465 em casa e 1.669 noutro local. Em cerca de 100 casos o local do óbito é desconhecido.
LUSA/HN
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