Os pacotes de ajuda entregues a cada família tinham sido reduzidos a 39% das necessidades energéticas diárias desde julho de 2021 devido a falta de fundos da agência das Nações Unidas.
“Espera-se que doses completas sejam distribuídas de janeiro a março”, anuncia a Rede de Alerta Antecipado de Fome (rede Fews, sigla inglesa), que integra o PAM, num documento divulgado na segunda-feira e consultado hoje pela Lusa.
No entanto, o mesmo documento alerta para o risco de “quebra de fornecimento devido a falta de fundos em abril”.
A situação daqui a dois meses dependerá do redirecionamento de verbas e reorganização de prioridades, acrescenta.
O PAM ajudou 980.000 pessoas em Cabo Delgado, Nampula e Niassa durante o mês de janeiro.
Uma intervenção militar conjunta de Moçambique, Ruanda e países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) está a eliminar a insurgência armada e a devolver segurança à província, mas “ataques esporádicos por grupos dispersos de insurgentes estão a reacender o medo” da população.
Como consequência, o cenário “limita a participação ativa na época agrícola”, essencial para matar a fome à maioria das famílias, uma vez que sempre dependeram da agricultura de subsistência.
Ainda segundo a rede Fews, uma nova área de ‘stress’ alimentar emergiu em Mecula, na província do Niassa, devido a ataques que obrigaram à fuga de 3.700 habitantes – ataques que as autoridades têm atribuído a insurgentes em fuga de Cabo Delgado.
LUSA/HN
0 Comments