IPSS de Évora vão poder recorrer a plataforma para contratar profissionais de saúde

16 de Fevereiro 2022

As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) de Évora, que enfrentam dificuldades na captação de enfermeiros e de outros profissionais de saúde, vão poder recorrer a uma plataforma digital para fazer contratações para as suas valências.

A iniciativa, apresentada hoje em Évora, foi desenvolvida pela União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) de Évora em parceria com a empresa MyCareforce e o Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT).

Em declarações à agência Lusa, o presidente da UDIPSS de Évora, Tiago Abalroado, indicou que a plataforma digital desenvolvida pela MyCareforce “vai ser adaptada ao contexto específico das IPSS e, concretamente, das IPSS do distrito”.

“Os profissionais de saúde que estão inscritos na plataforma vão ter a noção das necessidades e da procura por parte das instituições registadas”, enquanto as IPSS ficam com uma “visão sobre a disponibilidade destes profissionais”, adiantou.

Segundo o responsável, atualmente, as IPSS “têm muitas necessidades para a captação de enfermeiros e outros profissionais de saúde”, pois “estão altamente absorvidos pelas estruturas hospitalares”.

“É muito difícil as instituições sociais conseguirem compatibilizar os horários das suas necessidades e as dos seus utentes com as disponibilidades dos profissionais de saúde”, sustentou Tiago Abalroado.

A plataforma, disse, “é uma alternativa” para as IPSS poderem satisfazer “as necessidades de captação” e “compatibilizar a disponibilidade dos enfermeiros e outros profissionais de saúde com as necessidades horárias das instituições”.

O presidente da UDIPSS de Évora assinalou que, numa primeira fase, a plataforma vai ser disponibilizada às instituições com sede no concelho de Évora, durante o período de seis meses e de forma gratuita, para que a sua utilidade seja avaliada.

“Depois desta primeira fase, e revelando-se que a plataforma é útil, o objetivo é estender” a iniciativa às IPSS dos outros concelhos do distrito para se verificar se nos locais onde não há hospital “se consegue a mesma eficácia”, adiantou.

De acordo com Tiago Abalroado, após esta fase “piloto”, as instituições que continuem a utilizar esta plataforma digital vão passar a pagar à empresa “um pequeno valor por cada contratação realizada”.

“Ou seja, além do valor pago diretamente ao enfermeiro ou profissional de saúde, haverá uma comissão para o promotor da aplicação para cobrir os custos de funcionamento”, referiu.

O responsável explicou que as IPSS vão realizar todos os pagamentos junto da empresa que desenvolveu a plataforma digital, cabendo, depois, à MyCareforce fazer o pagamento aos profissionais de saúde.

“Há uma poupança de custos administrativos, porque, se uma IPSS for, num determinado mês, servida por quatro ou cinco profissionais de saúde, faz um pagamento único e é a empresa que faz o pagamento direto aos profissionais”, acrescentou.

LUSA/HN

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