O ensaio de fase I, que incluiu pacientes entre os 45 e os 80 anos, quis avaliar a eficácia do uso deste tipo de células na recuperação dos doentes com AVC. Os resultados apontam para soluções promissoras, pois um dos doentes afetados por AVC isquémico, e historial de hipertensão e hemodiálise por doença renal termina, “recuperou significativamente dentro de um curto espaço de tempo após receber as células hematopoiéticas provenientes de sangue de cordão umbilical alogénico.”
Nos dados obtidos o sangue do cordão umbilical humano melhorou a recuperação de doentes que sofreram AVC, chegando mesmo a permitir a restauração completa da função motora.
Segundo Andreia Gomes, Diretora Técnica e de Investigação e Desenvolvimento (I&D) do banco de tecidos e células estaminais português BebéVida, “o sangue do cordão umbilical contém células hematopoéticas primitivas, mais versáteis, que apresentam uma vasta capacidade de proliferação tanto em laboratório como quando são infundidas no corpo. Assim, após infusão, estas células proliferam e diferenciam-se, tornando-se eficazes no tratamento de doenças e episódios neurodegenerativos”.
Os benefícios do uso de células estaminais tem vindo a ganhar interesse por parte dos investigadores.
No campo do AVC estes resultados são recebidos com entusiamo, uma vez que é uma das principais causas de morte a nível nacional. Segundo os dados mais recentes do INE, os acidentes vasculares cerebrais foram responsáveis por mais de 10 mil mortes só em 2019, representando 9,8% de total de mortes desse ano.
PR/HN/Vaishaly Camões
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