Em comunicado, a organização lamenta que “16 meses e cinco milhões de mortes depois, a União Europeia continua a bloquear, de forma indecente, a proposta de revogação de patentes relacionadas com a COVID-19.”
Os Médicos do Mundo alertaram para a profunda desigualdade no acesso às vacinas, tendo a EU 70% da população totalmente imunizada, percentagem que reduz drasticamente no continente africano onde apenas 11% das pessoas receberam as duas doses da vacina. “Devido às leis restritivas de patentes e aos regulamentos que limitam a produção de vacinas e outras ferramentas médicas, enfrentamos um grande desequilíbrio entre a oferta e a necessidade destes produtos”, destacam.
Apesar de enaltecer a posição favorável de determinadas nações, figuras políticas e organizações sobre o levantamento das patentes, a ONG lamenta que a UE continue a permitir com que os lucros das farmacêuticas “continuem a ser colocados à frente das vidas”.
Para além do acesso justo às vacinas, os Médicos do Mundo defendem que é preciso, também, “o garantir o acesso aos meios de diagnóstico e aos medicamentos necessários a um tratamento adequado”.
Estes alertas surgem no âmbito da cimeira entre a EU e a União Africana.
PR/HN/Vaishaly Camões
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