Este plano abrangente foi divulgado na sexta-feira pelo presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams, numa cerimónia que contou também com o governador Kathy Hochul.
A estratégia envolve 30 equipas multidisciplinares, que incluem especialistas em saúde mental, policias e assistentes sociais, para retirar progressivamente das estações de metros e dar formação a centenas de sem-abrigo que as ocupam permanentemente.
A medida surge numa altura em que estão a aumentar os ataques no Metro, sendo que o mais grave ocorreu no mês passado e resultou na morte de uma mulher atirada por um sem-abrigo para a linha, quando o metro entrou na estação.
Na quinta-feira, um artista do Metro foi esfaqueado por um desconhecido numa das carruagens, incidente já recorrente no centenário Metro.
No ano passado foram registados 461 crimes considerados graves, mais cem que no ano anterior, segundo a estação NY1.
“É cruel e desumano permitir que os sem-abrigo vivam no Metro e injusto para com os passageiros e trabalhadores, que merecem um ambiente limpo, ordenado e seguro”, realçou Eric Adams, que também está envolvido num plano para conter a vaga de violência com armas de fogo que atinge a cidade.
O plano divulgado na sexta-feira pretende recordar que o Metro “é a alma” da cidade e peça “chave” na recuperação económica pós-pandemia de covid-19.
O fenómeno dos sem-abrigo acontece há anos e alguns, segundo o autarca, são pessoas com problemas de saúde mental ou dependências, bem como veteranos de guerra que regressam do serviço militar e não recebem a ajuda que necessitam.
Além da ampliação da equipa de profissionais de saúde mental para seis novos destinos, também haverá mais polícias para fazerem cumprir as regras no Metro.
A partir de agora, as forças de segurança poderão exigir, ou apenas solicitar, que todos os ocupantes saiam das carruagens no final de uma linha.
Como parte do apoio a pessoas com problemas de saúde mental, o governador do Estado de Nova Iorque anunciou a aplicação de 27,5 milhões de dólares (cerca de 24 milhões de euros) anuais para aumentar o financiamento para camas psiquiátricas, nove milhões de dólares (cerca de oito milhões de euros) para recrutar psiquiatras e enfermeiros psiquiátricos e 12,5 milhões de dólares (cerca de 11 milhões de euros) para aumentar em 500 o número de camas em espaços para os sem-abrigo.
NR/HN/LUSA
0 Comments