“Os manifestantes continuam a ser agressivos e a atacar os agentes policiais”, referiu a força policial numa publicação na rede social Twitter.
A polícia referiu que os camionistas se recusam a obedecer às ordens de dispersão, motivo pelo qual usou “substâncias químicas”.
No âmbito destes protestos, a polícia prendeu hoje 47 pessoas e rebocou cerca de 30 camiões.
“Quem for encontrado na área do centro da capital do Canadá, paralisado há três semanas pelos manifestantes, será preso”, avisaram as autoridades, numa outra publicação.
Os manifestantes em Otava fazem parte de um movimento que organizou bloqueios ao longo da fronteira com os Estados Unidos, causando prejuízos económicos nos dois países.
A polícia deu o primeiro passo para acabar com a ocupação na quinta-feira, com a detenção de dois líderes do protesto e interditando grande parte da área do centro da capital federal canadiana, para impedir que outras pessoas se juntassem aos manifestantes.
A capital federal canadiana é o último reduto do movimento contra as restrições impostas devido à pandemia, autodenominado Freedom Convoy (Comboio da Liberdade, em tradução livre), após três semanas de manifestações e bloqueios que encerraram as fronteiras entre o Canadá e os Estados Unidos da América (EUA), causaram danos económicos a ambos os países e criaram uma crise política para o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau.
A polícia de Otava deixou claro na quinta-feira que se preparava para acabar com o protesto e retirar os mais de 300 camiões, com o chefe da polícia interina de Otava a avisar: “A ação está iminente”.
Estes protestos abalaram a reputação do Canadá de civilidade e obediência às regras e inspiraram outros semelhantes em França, Nova Zelândia e Países Baixos.
No início da semana, o primeiro-ministro invocou a Lei de Emergências do Canadá, autorizando as forças policiais a declarar os bloqueios ilegais, rebocar camiões e punir os motoristas com detenção, congelar contas bancárias e suspender as licenças.
NR/HN/LUSA
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