Segundo Ana Maria Abreu, investigadora da Universidade Católica Portuguesa, o estudo teve como objetivo “perceber como é que esta tipologia de trabalho (teletrabalho) veio alterar as rotinas das pessoas e quais os perfis sociodemográficos que foram mais impactados”.
De acordo com os dados obtidos estes efeitos dependem das características sociodemográficas dos trabalhadores e das suas expetativas e percepções sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação. No estudo, foi possível verificar que mulheres, pais e pessoas de maior educação são o grupo que mais apresenta “a sensação de estar encurralado”.
Do ponto de vista dos autores, os dados servem para fazer repensar a disseminação generalizada do teletrabalho, impulsionada pelo confinamento.
“Percebemos que as TIC, que naturalmente têm um efeito muito positivo, no sentido que permitem a manutenção do trabalho em situação remota, podem ter efeitos nefastos para a saúde mental e que estes efeitos dependem das características sociodemográficas dos trabalhadores e das suas expetativas e percepções sobre as TIC”, lê-se no comunicado enviado ao HealthNews.
Ana Maria Abreu conclui que o “estudo enfatiza a necessidade de ter em consideração a influência das características dos trabalhadores e das suas expetativas em relação às TIC, como mediadores da saúde mental”.
PR/HN/Vaishaly Camões
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