Teletrabalho pode ter “efeitos nefastos” na saúde mental, diz estudo

28 de Fevereiro 2022

Os resultados de estudo liderado pelo Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa indicam que o teletrabalho aumentou os níveis de depressão, ansiedade e stresse de alguns trabalhadores.

Segundo Ana Maria Abreu, investigadora da Universidade Católica Portuguesa, o estudo teve como objetivo “perceber como é que esta tipologia de trabalho (teletrabalho) veio alterar as rotinas das pessoas e quais os perfis sociodemográficos que foram mais impactados”.

De acordo com os dados obtidos estes efeitos dependem das características sociodemográficas dos trabalhadores e das suas expetativas e percepções sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação. No estudo, foi possível verificar que mulheres, pais e pessoas de maior educação são o grupo que mais apresenta “a sensação de estar encurralado”.

Do ponto de vista dos autores, os dados servem para fazer repensar a disseminação generalizada do teletrabalho, impulsionada pelo confinamento.

“Percebemos que as TIC, que naturalmente têm um efeito muito positivo, no sentido que permitem a manutenção do trabalho em situação remota, podem ter efeitos nefastos para a saúde mental e que estes efeitos dependem das características sociodemográficas dos trabalhadores e das suas expetativas e percepções sobre as TIC”, lê-se no comunicado enviado ao HealthNews.

Ana Maria Abreu conclui que o “estudo enfatiza a necessidade de ter em consideração a influência das características dos trabalhadores e das suas expetativas em relação às TIC, como mediadores da saúde mental”.

PR/HN/Vaishaly Camões

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