Desde que a Rússia lançou na madrugada de quinta-feira passada uma ofensiva militar na Ucrânia, a pandemia de Covid-19 passou para segundo plano na imprensa.
Questionada pela Lusa se teme que as pessoas esqueçam que ainda estão em pandemia e deixem cair algumas medidas de proteção, a diretora-geral da Saúde afirmou que as pessoas estão a tomar as medidas necessárias neste momento.
“As pessoas têm um grande sentido de autopreservação própria e dos que lhes estão próximos e, portanto, a nossa responsabilidade é vigiar cada vez mais e de perto o vírus”, disse a diretora-geral da saúde, assegurando que não estão “a abrandar essa vigilância”, porque há uma guerra: “São duas coisas infelizmente negativas, mas completamente distintas para os serviços de saúde, para quem vigia o vírus, quer a nível clínico, epidemiológico ou laboratorial”.
A pandemia deixou de ter tanta visibilidade “porque há uma guerra” e todos estão “profundamente tristes porque aconteceu”, mas “o vírus ignora completamente que há uma guerra e vai fazer o seu percurso”, disse a responsável.
“A nossa responsabilidade é vigiar cada vez mais de perto o vírus e nós não estamos a abrandar essa vigilância porque temos uma guerra”, garantiu Graça Freitas em entrevista à agência Lusa, a propósito dos dois anos de pandemia em Portugal.
Aos serviços de saúde e à academia compete “vigiar de perto o vírus e estar sempre em acima do seu funcionamento” para poderem dar sinais de alerta”, insistiu Graça Freitas.
“E estou convicta de que se houver um sinal de que o vírus está a constituir uma nova ameaça porque tem uma nova variante, com novas características, que as pessoas nos ouviriam como ouviram no passado” e “responderão certamente a esse alerta”, declarou Graça Freitas, na entrevista que decorreu na Direção-Geral da Saúde, em Lisboa.
Desde que apareceram os dois primeiros casos de Covid-19 em Portugal, no dia 02 de março de 2020, a pandemia já matou 21.111 pessoas no país, que contabiliza 3.282.457 casos de infeção.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
LUSA/HN
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