Para José Manuel Boavida, Presidente da APDP, “um olhar para os números globais da obesidade é suficiente para percebermos que não estamos onde devíamos estar. A obesidade é um problema global que afeta 800 milhões de pessoas em todo o mundo.”
Os dados são interpretados pelo responsável com alguma preocupação, pois estas pessoas “apresentam um maior risco de desenvolver doenças crónicas, como diabetes, doenças cardiovasculares, cancro e doenças respiratórias”.
Neste sentido, a APDP defende uma abordagem que contemple a intervenção da comunidade.
“Para lidarmos com a obesidade com sucesso, precisamos de conhecer as suas causas mais profundas, implementando um pacote abrangente de políticas de prevenção e de tratamento. O exemplo das Casas da Diabetes, projeto da APDP que fomenta a capacitação e o apoio entre pares para o difícil processo de mudança de hábitos, um programa que mobilize a comunidade e que se dirija às pessoas com maior risco, pode fazer a diferença. O desafio ultrapassa o próprio Sistema de Saúde, necessitando da ação das autarquias e das organizações da sociedade civil. É necessário encorajar a colaboração entre todos estes diferentes sectores da sociedade”, lê-se no comunicado.
Segundo a OCDE, Portugal é o terceiro país europeu com maior prevalência de obesidade. Já os dados nacionais apontam que no ano de 2018 ocorreram 46 269 óbitos por doenças relacionadas com obesidade, o que representa 43% dos óbitos totais ocorridos em Portugal continental naquele ano.
PR/HN/Vaishaly Camões
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