“Já começámos a receber ofertas de alojamento de municípios, IPSS [instituições particulares de solidariedade social], empresas e de cidadãos, e, no fundo, esta plataforma pretende agregar as disponibilidades da nossa região, cujo objetivo imediato é atingir o acolhimento de um milhar de cidadãos ucranianos”, disse à agência Lusa o 1.º secretário-executivo da CIMRL, Paulo Batista Santos.
A CIMRL integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.
Paulo Batista Santos explicou que, “como não basta o alojamento, a CIMRL irá assegurar uma integração social, educativa e na saúde, incluindo na área da Psicologia, para acompanhamento das pessoas que vêm”, numa iniciativa “em colaboração com os municípios”.
Numa nota de imprensa, a Comunidade Intermunicipal refere que, “para melhor articulação das disponibilidades de alojamento e garantir um apoio mais eficaz no acolhimento temporário em Portugal de cidadãos de nacionalidade ucraniana”, é disponibilizada “uma plataforma de recursos e de alojamentos nos 10 municípios da Região de Leiria, denominada ‘SOS Ucrânia – Região de Leiria’”,
O formulário está disponível Aqui.
“Podem beneficiar desta proteção temporária os cidadãos nacionais da Ucrânia e seus familiares que se encontrem deslocalizados por motivo do conflito militar”, adianta a nota.
Segundo a mesma informação, “esta resposta coletiva no acolhimento de cidadãos ucranianos” vai ser “reforçada com medidas de apoio na integração nas áreas da saúde e da educação, para além do emprego e proteção social, em articulação com o Governo, organizações da sociedade civil, IPSS e também com a comunidade ucraniana em Portugal”.
A CIMRL esclarece que à data de hoje “a Região de Leiria regista uma disponibilidade imediata e de urgência para 200 cidadãos e, com o registo de mais ofertas municipais, da sociedade civil, IPSS e empresas, será expectável que nos próximos dias se alcance o objetivo de disponibilizar apoio a cerca de um milhar de cidadãos refugiados da Ucrânia”.
Na quinta-feira, a CIMRL anunciou estar disponível para acolher de imediato mil refugiados da Ucrânia, assim como para assegurar cem camas de emergência, na sequência da ofensiva militar russa àquele país.
Então, esta entidade destacou que as autarquias desta região “juntam-se, assim, ao movimento nacional e europeu de apoiar os milhares de deslocados da guerra da Ucrânia, com forte preocupação no acolhimento e integração dos cidadãos que procuram um local seguro” em Portugal.
“A par desta resposta ao nível do acolhimento, vários municípios da região de Leiria encontram-se a colaborar em campanhas de recolha de bens alimentares, medicamentos, bens para crianças, roupa quente, cobertores, pilhas e lanternas, ações coordenadas por organizações não-governamentais e associações de ucranianos residentes em Portugal”, acrescentou.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com as Nações Unidas.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
LUSA/HN
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