De acordo com a mesma fonte, o serviço estatístico do Ministério do Interior de França escolheu como referência os dados do ano de 2019, por considerar que os de 2020 “foram distorcidos” devido à crise sanitária e aos períodos de confinamento causados pela pandemia da Covid-19.
No total, em 2021, as autoridades francesas registaram 6.300 crimes ou ofensas (+13% em relação a 2019) e 6.200 contraordenações (+26%) de natureza racista, devido a atos cometidos em razão da etnia, nação, pretensa raça ou religião.
Em cada cinco, quatro são insultos, provocações ou difamação pública.
No entanto, o estudo não indica pormenores sobre os factos relativos a atos anticristãos, antimuçulmanos ou antissemitas.
Estes dados, ressalva o Ministério do Interior francês, representam “apenas uma pequena parte dos factos de natureza racista”, relatando pouco estes ataques.
Segundo um inquérito realizado entre 2013 e 2018, apenas um quarto das vítimas de ameaças racistas ou violência física e 5% das vítimas de insultos racistas admitiram ter apresentado queixa.
As vítimas de crimes e delitos racistas (5.720) são maioritariamente homens, entre os 25 e os 54 anos, com uma sobrerrepresentação de estrangeiros originários de países africanos.
LUSA/HN
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