Os dados dos rastreios revelam que 15% dos indivíduos avaliados acursou uma perda de peso involuntária superior a 5% nos meses de verão do ano passado. Os responsáveis concluem que a pandemia gravou o risco de malnutrição em Portugal, tendo aumentado a sua incidência.
Com as medidas de confinamento impostas à população, em especial aos mais idosos, os índices de risco nutricional aumentaram. A restrição de visitas durante as refeições do almoço e jantar, tanto nos lares como nos hospitais, levou a que muitos doentes ficassem sem auxílio, e muitos reduziram o seu apetite por associação ao sentimento de tristeza ao abandono.
Entre os sinais de malnutrição inclui-se a: perda de peso involuntária; perda de apetite; dificuldade em mastigar e deglutir; fadiga; falta de energia; perda de mobilidade; dificuldade em subir escadas e quedas frequentes.
Estima-se que a malnutrição seja responsável por 10 a 20% das mortes em oncologia, com 30 a 70% dos doentes oncológicos a apresentarem sinais de malnutrição.
A malnutrição de doentes internados em meio hospitalar é um dos principais fatores que levam a um aumento da despesa de hospitalização, estimada em 1,3 milhões de euros ao ano. Em Portugal, cerca de 70% dos doentes internados estão malnutridos ou em risco de malnutrição.
PR/HN/Vaishaly Camões
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