De acordo com o autarca, o trânsito vai estar proibido na cidade “a partir de hoje”, às 20:00 (18:00 em Lisboa) e até às 07:00 (05:00 em Lisboa) de quinta-feira.
Além disso, e “por decisão do comando militar ucraniano”, as deslocações serão proibidas “sem autorização especial”, exceto “para ir para a refúgios subterrâneos antibombardeamento”, disse.
Klitschko sublinhou que a capital vive um momento difícil e perigoso, referindo-se aos últimos bombardeamentos russos que atingiram bairros residenciais e provocaram a morte de dezenas de pessoas.
A circulação na cidade “sem um passe especial passa a ser proibida, pelo que só se pode sair para chegar a casa”, explicou o presidente da capital ucraniana.
O autarca pediu ainda a todos os habitantes de Kiev que se preparem para a obrigação de ficar em casa durante dois dias ou, caso soe um alarme, para se recolherem num abrigo.
Os combates intensificaram-se nos últimos dias em torno de Kiev, que está quase completamente cercada. Mais da metade de seus três milhões de habitantes fugiram. A capital está “sitiada”, segundo um assessor do presidente ucraniano.
O anúncio de recolher obrigatório acontece no mesmo dia em que está prevista a visita dos primeiros-ministros da Polónia, Mateusz Morawiecki, da República Checa, Petr Fiala, e da Eslovénia, Janez Jansa, que irão, como representantes do Conselho Europeu, encontrar-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro, Denys Chmygal.
O objetivo desta visita é “reafirmar o apoio inequívoco de toda a União Europeia à soberania e independência da Ucrânia e apresentar um pacote abrangente de medidas de apoio ao Estado e à sociedade ucraniana”, refere o comunicado publicado no ‘site’ do Governo polaco.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
LUSA/HN
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