Os médicos, enquadrados no recém-criado gabinete de apoio humanitário da OM, vão dar apoio à “Missão Ucrânia”, uma iniciativa da sociedade civil que está a atuar na Polónia para preparar o acolhimento em Portugal de cerca de 400 refugiados.
Segundo o bastonário da OM, Miguel Guimarães, citado em comunicado da Ordem, os quatro médicos irão fazer um trabalho “de triagem no terreno, organização e produção de registos clínicos essenciais e de acompanhamento ao longo de todo o percurso para Portugal”. O regresso dos médicos a Portugal está previsto para sábado.
Três dos médicos “têm uma vasta experiência” em missões humanitárias, inclusive em cenários de guerra, sendo que o quarto, uma médica ucraniana que exerce em Portugal, “será vital para facilitar a comunicação entre os profissionais e os cidadãos ucranianos”, refere o comunicado, acrescentando que a Cruz Vermelha Portuguesa cedeu material médico e malas de primeiros socorros.
A Ordem dos Médicos adianta que, também através do gabinete de apoio humanitário, “está também a facilitar a receção dos refugiados” em Portugal, “nomeadamente colocando-os em contacto com os médicos ucranianos” que trabalham no país.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais 2,8 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
LUSA/HN
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