A 3.ª Reunião Anual do Núcleo de Estudos de Doenças Respiratórias (NEDRESP), da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), irá realizar-se entre os dias 01 e 02 de abril na Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, sob o lema “O Pulmão nas Doenças Sistémicas”. Cláudia Ferrão, presidente desta edição, antecipa que este evento “irá abordar temas ‘fora da caixa’, o que permitirá tornar os internistas mais completos”.
“As expectativas relativamente a este 3.º encontro do Núcleo de Estudos de Doenças Respiratórias são grandes”, salienta Cláudia Ferrão, explicando que após dois anos de pandemia, em que os internistas tiveram como foco a infeção por SARS-CoV-2, “há vontade por parte da comunidade médica em voltar a focar o interesse nas patologias sistémicas e voltar novamente a um cenário multifocal no que toca às doenças”.
Relativamente à importância dos temas em destaque na reunião, a presidente da edição afirma que “as doenças sistémicas constituem o ‘ex-libris’ dos internistas”, acrescentando que a escolha da especialidade de Medicina Interna por parte dos médicos, prende-se com “o entusiasmo que as doenças sistémicas suscitam, que passa pela dificuldade, quer no diagnóstico quer no seguimento e gestão dos diferentes órgãos que acometem”.
Explica, ainda, que o principal critério na escolha dos temas que fazem parte do programa científico está relacionado com a o facto de a obesidade ser a principal epidemia do século XXI e acometer desde os mais novos aos mais idoso, considerando fundamental abordar as suas implicações nos mecanismos ventilatórios e nas principais patologias obstrutivas: asma e doença pulmonar obstrutiva crónica.
Os restantes dois temas principais (doenças granulomatosas não infeciosas e imunodeficiências primárias e adquiridas não VIH) surgem no programa, uma vez que, na ótica do NEDRESP, os internistas devem estar mais alerta para o reconhecimento e tratamentos destas patologias.
Em relação à forma como o contexto pandémico afetou os doentes com doença respiratória crónica, Cláudia Ferrão é da opinião de que a pandemia veio reforçar a importância da patologia respiratória crónica e de toda a sua envolvência, tendo tornado claro que “a patologia aguda e toda a sua abordagem é tão importante como os restantes cuidados regulares e continuados”. Deu o exemplo da Reabilitação Respiratória durante a doença COVID, mas também da sua manutenção fora deste contexto. Por força da pandemia existiram doentes crónicos que ficaram sem possibilidade de manter a sua reabilitação respiratória.
“Considero-me uma internista intensa na minha atividade assistencial. Gosto de desafios, diagnósticos e de tratamento no meu dia a dia. O meu objetivo é tentar passar esta intensidade aos participantes do encontro, e surpreendê-los com temas interessantes”, conclui Cláudia Ferrão, apelando à participação no evento.
Para mais informações, consulte aqui: https://www.spmi.pt/3a-reuniao-anual-do-nedresp/
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