“Após quase uma década de conflito e apesar dos esforços para a implementação do acordo de paz, o Sudão do Sul continua a lutar com violência esporádica, insegurança alimentar crónica e o impacto devastador das grandes inundações”, sublinha-se num comunicado conjunto da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e de 102 organizações humanitárias e de ajuda ao desenvolvimento parceiras.
“A pandemia de covid-19 também tem exercido pressão sobre os recursos das populações, reduzindo significativamente a capacidade de satisfazerem as suas necessidades de forma sustentável”, prossegue-se no texto.
Os países de asilo, nomeadamente comunidades na República Democrática do Congo (RDCongo), Etiópia, Quénia, Sudão, e Uganda, por outro, enfrentam desafios semelhantes quer relativos à crise climática e como à pandemia, “mas têm continuado a manter as suas portas abertas aos refugiados”, sublinha o ACNUR.
“O financiamento é urgentemente necessário para ajudar estes países de acolhimento a fornecer alimentação, abrigo e acesso a serviços essenciais, tais como educação e cuidados de saúde”, explicam os signatários do apelo aos doadores internacionais.
“Os governos dos cinco países de asilo serão apoiados nos seus esforços para integrar os refugiados do Sudão do Sul nos sistemas nacionais de prestação de serviços sociais”, comprometem-se o ACNUR e as organizações parceiras.
“Os refugiados e as comunidades locais receberão ajuda para aumentar a sua resiliência, identificando e diversificando as oportunidades de vida. Isto é vital num contexto de subfinanciamento crónico do fornecimento de alimentos, o que continua a resultar em cortes regulares nas rações”, acrescenta-se no comunicado.
A crise dos refugiados do Sudão do Sul continua a ser a maior no continente africano. Foi também uma das menos financiadas em 2021, com apenas 21% das necessidades cobertas.
LUSA/HN
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