“Em fevereiro de 2022, aguardavam em LIC [lista de inscritos para cirurgia], para cirurgia, um total de 10.591 utentes, o que corresponde a um aumento de 0,4% (mais 39 utentes), face ao mês anterior”, lê-se no boletim informativo mensal de fevereiro da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia dos Açores, consultado hoje pela Lusa e disponível na página da internet da Direção Regional da Saúde.
Há seis meses que o número de inscritos em lista de espera cirúrgica nos Açores vinha a diminuir.
Em comparação com janeiro, há mais 39 utentes inscritos, mas face ao período homólogo (11.544) registou-se uma redução de 953 inscritos (8,3%).
O Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), na ilha de São Miguel, o maior da região, concentra o maior número doentes em espera (7.239), mais dois do que em janeiro.
Nos outros dois hospitais da região registou-se igualmente um aumento de inscritos, com o Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT) a verificar 2.255 utentes em espera (mais 0,6%) e o Hospital da Horta (HH), na ilha do Faial, 1.097 utentes (mais 2,2%).
Também o número de propostas cirúrgicas em espera aumentou no mês de fevereiro, face ao mês anterior, sendo agora de 12.054 (mais 0,5%).
O HDES não registou alterações, mantendo 8.228 propostas cirúrgicas em espera, mas o HSEIT aumentou 1,1%, para 2.661 propostas, e o HH 2,6%, para 1.165.
Apesar do aumento do número de utentes inscritos, o tempo médio de espera por uma cirurgia nos Açores diminuiu em 25 dias, fixando-se em 461 dias (cerca de um ano e três meses).
Todos os hospitais da região reduziram o tempo de espera, com o de Ponta Delgada a verificar a maior descida (27 dias), continuando, ainda assim, acima da média regional (525 dias).
No hospital da ilha Terceira, o tempo médio de espera baixou para 340 dias (menos 17) e no da Horta para 280 dias (menos 22).
Nas três unidades hospitalares da região, o tempo médio de espera permanece acima dos tempos máximos de resposta garantidos regulamentados, que preveem que uma cirurgia com prioridade normal seja realizada no máximo em 270 dias.
A percentagem de cirurgias realizadas dentro do tempo máximo de resposta garantido na região baixou de 50,5% em janeiro para 47% em fevereiro.
O Hospital do Divino Espírito Santo é o que menos cumpre este indicador, apresentando uma taxa de 30%, inferior à verificada em janeiro (32,9%).
Também o HSEIT baixou a percentagem de cirurgias realizadas dentro do tempo máximo de resposta garantido, de 67,6% para 60,1%, enquanto o HH aumentou de 70,3% para 72,1%.
A produção cirúrgica nos três hospitais açorianos registou uma quebra de 5,9% no mês de fevereiro, tendo sido realizadas 822 cirurgias (menos 52 do que em janeiro).
A redução registou-se em todos os hospitais, com o HDES a realizar 413 cirurgias (menos 7%), o HSEIT 273 (menos 0,7%) e o HH 136 (menos 12,3%).
Por outro lado, houve um aumento de 25,8% de propostas cirúrgicas entradas no mês de fevereiro, num total de 1.185 (mais 243 do que em janeiro).
O hospital da ilha Terceira foi o que registou o maior crescimento, com 360 propostas (mais 36,4%), seguindo-se o de Ponta Delgada, com 620 propostas (mais 27,3%), e o da Horta, com 205 (mais 7,3%).
Em fevereiro, contabilizaram-se 342 cancelamentos de cirurgias nos três hospitais da região, menos quatro (1,2%) do que em janeiro.
O Hospital do Divino Espírito Santo foi o único a registar uma subida de cancelamentos, num total de 223 (mais 11,5%).
No Hospital da Horta, o número baixou para 48 (menos 33,3%) e no HSEIT para 71 (menos 4,1%).
A Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia dos Açores (UCGICA) passou a divulgar um boletim informativo mensal com “dados síntese” sobre a lista de espera cirúrgica, emitindo “relatórios de acompanhamento”, até então mensais, com uma “periodicidade trimestral”.
LUSA/HN
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