Maleiane falava durante a inauguração de um centro de excelência dedicado à tuberculose resistente na Matola, subúrbios de Maputo, numa cerimónia alusiva ao Dia Mundial da Tuberculose.
“O nosso país reduziu, em 2020, o número de mortes por tuberculose em cerca de 55%, superando, deste modo, a meta global de 35% de redução da mortalidade definida pela OMS [Organização Mundial da Saúde], que teve como base os registos de 2015”, afirmou o primeiro-ministro.
Adriano Maleiane avançou que 84% de casos da doença diagnosticados em 2020 foram tratados, “o que colocou Moçambique na lista dos países com melhores coberturas de tratamento desta doença a nível mundial”.
O chefe do Governo assinalou que o executivo aposta no aumento das verbas destinadas ao tratamento da tuberculose, tendo passado de cerca de 1% em 2011 para 12%, em 2020, do total do orçamento alocado ao setor da saúde.
No combate à doença, prosseguiu, Moçambique centra a sua ação em três pilares: prevenção e cuidados integrados, políticas multissetoriais e intensificação da pesquisa e inovação.
Mesmo com avanços, continuou, Moçambique ainda tem muitos desafios pela frente, principalmente ao nível da prevenção e tratamento.
“Os desafios que ainda temos por ultrapassar estão relacionados com o surgimento de estirpes resistentes aos medicamentos da tuberculose, o diagnóstico desta doença em crianças, a fraca cobertura e acesso aos serviços de tuberculose que a população de alto risco enfrenta”, acrescentou.
A severidade da doença em Moçambique é agravada pelo impacto negativo do HIV/sida, sustentou o primeiro-ministro.
O centro de excelência ontem inaugurado é o primeiro no país e foi construído com o apoio do Banco Mundial.
LUSA/HN
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