Numa análise hoje divulgada aos cinco bancos portugueses que acompanha (Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta, Novo Banco e Montepio), a DBRS indica que, apesar da crise da Covid-19 e do fim das moratórias de crédito (a maioria terminou em setembro de 2021), os bancos portugueses conseguiram continuar a reduzir o ‘stock’ agregado de crédito malparado em 2021 (caindo de 5,9% do total do crédito em 2020 para 4,7% em 2021).
Também a rentabilidade melhorou em 2021 e ficou mesmo acima de níveis anteriores à crise pandémica (apoiada por mais negócios e melhoria das perspetivas económicas).
“Em geral, estes desenvolvimentos suportam a nossa visão de que os bancos portugueses provaram ser resilientes durante a crise pandémica”, refere a DBRS, uma resistência para que considera que contribuíram o seu fortalecimento em anos anteriores e as medidas de apoio governamentais.
Ainda assim, a DBRS diz que mantém a expectativa de uma “deterioração moderada da qualidade dos ativos a médio prazo”, desde logo devido a setores de atividade que ainda estão longe de recuperar.
A agência de ‘rating’ destaca ainda os progressos feitos pelos bancos em eficiência e na redução de custos (em 2021 voltaram as grandes operações de restruturação).
Quanto à invasão da Rússia à Ucrânia, refere a DBRS que a exposição dos bancos portugueses a estes países é limitada, mas que coloca riscos pela evolução económica assim como riscos operacionais e de cibersegurança e outros que, dependendo da evolução da guerra, para já não são possíveis de avaliar.
LUSA/HN
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