“Volvidos 30 dias, entende o Governo que as razões de fundo que haviam levado a que decretasse a situação de alerta em todo o território nacional ainda prevalecem, pelo que se justifica a prorrogação deste quadro, por forma a garantir a manutenção das medidas de prevenção e contenção que assim se impõem na presente conjuntura”, lê-se numa resolução que entrou hoje em vigor ao final do dia de sexta-feira, para vigorar por três meses.
Cabo Verde voltou em 06 de março à situação de alerta, o nível menos grave de três previstos na lei que estabelece as bases da Proteção Civil, mantendo um conjunto reduzido de restrições, deixando desde então de ser obrigatória a utilização de máscara na via pública.
Cabo Verde conta hoje com 16 casos ativos de Covid-19 em todo o país, quando em janeiro passado eram mais de 7.000, e desde o início da pandemia já soma 55.970 infetados, que provocaram 401 óbitos, o último dos quais em 22 de fevereiro.
“À luz da análise efetuada pela Direção Nacional de Saúde, que aponta para uma evolução bastante satisfatória da situação epidemiológica nos diferentes concelhos do país, com todos os indicadores do segmento a situarem-se dentro dos valores considerados desejáveis, confirmando a tendência de estabilização da propagação do SARS-CoV-2 e da pandemia da covid-19 em Cabo Verde”, justifica a resolução, sobre esta decisão.
Para os próximos três meses mantém-se a exigência de utilização de máscara em espaços fechados de atendimento ao público, “exceto em discotecas”, neste caso com acesso – tal como a atividades culturais, artísticas ou recreativas – dependente da apresentação de certificado covid-19 de vacinação ou teste de despiste negativo, refere a mesma resolução.
Mantém-se igualmente a exigência de apresentação de certificado de vacinação completa contra a Covid-19, de recuperação ou teste de despiste negativo para as viagens internacionais com destino a Cabo Verde, com exceção de crianças até 12 anos, o mesmo acontecendo com as viagens interilhas.
Todo o país estava em situação de alerta – o nível menos grave de três previstos na lei que estabelece as bases da Proteção Civil – desde 28 de outubro de 2021, mas o aumento exponencial de novos casos após o período do Natal, e quando registava um índice de transmissibilidade de 2,52, levou o Governo a aumentar um nível (para situação de contingência) no final do ano, apertando as regras, desde logo com a proibição de festas de passagem de ano na rua ou limitando as festas privadas.
Cabo Verde atingiu depois um pico diário de cerca de 1.400 novos infetados com covid-19 num único dia em janeiro, já com a nova variante Ómicron a circular no arquipélago. A situação melhorou rapidamente a partir da segunda semana de janeiro.
Praticamente 75% da população cabo-verdiana já recebeu as duas doses da vacina contra a covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde.
LUSA/HN
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