Desde o início da pandemia da Covid-19 que os preços têm vindo a aumentar, situação que se agudizou nos últimos meses com a crise energética mundial e com a guerra na Ucrânia.
O arroz, base alimentar dos guineenses, o óleo, a farinha, o açúcar, o peixe, a carne, o pão, legumes e frutas, tudo aumentou nos mercados guineenses.
“O gasóleo subiu, o gelo subiu, e os pescadores quando chegam da pesca aumentam” os preços, afirma à Lusa Teresa Té, vendedora de peixe de um mercado de Bissau.
“Tudo aumentou. Não há nada que não tenha aumentado em Bissau. Todas as coisas no mercado aumentaram”, salienta.
Teresa Té explica que a culpa não é dos pescadores, nem das ‘bideiras’ (mulheres vendedoras da Guiné-Bissau), mas sim do Estado, porque não regulamenta os preços.
“Os clientes reclamavam, mas agora têm noção de que todas as coisas aumentaram no mercado, mas não somos nós que temos a culpa, a culpa é do Estado. Se o Estado tivesse regulamentado os preços, nunca tinham aumentado. Se o Estado fica calado, cada um pratica o seu preço”, afirma.
Antónia Silva da Costa, outra vendedora de um mercado de Bissau, manifesta também à Lusa a sua preocupação com o aumento dos preços.
“Nós não sabemos (explicar) sobre o aumento dos preços. Ficamos muito preocupados com este aumento. Todas as coisas subiram no mercado”, diz.
Vendedora de frutas e legumes produzidos na Guiné-Bissau e fruta proveniente do Senegal e da Guiné-Conacri, Antónia Silva da Costa explica que há muita oscilação nos preços “hoje é um, amanhã é outo”.
“Ficamos indignados, porque não sabemos porque é que tem esse disparo assim”, diz.
“Há carência no mundo inteiro e devemos ter preços equitativos para que todos possamos comprar, mas assim não dá. Os preços estão muito altos. Eu vendo e as clientes compram e eu não tenho moral para aumentar aos meus clientes”, lamenta a vendedora, pedindo ao Governo que tome atitudes.
Desde o início da pandemia da Covid-19 que os preços dos bens alimentares têm vindo a aumentar na Guiné-Bissau, nomeadamente peixe, carne, fruta, vegetais, pão, óleo, açúcar, farinha e arroz, que é a base alimentar dos guineenses.
A Guiné-Bissau importa quase tudo e está dependente das variações dos preços praticados nos mercados mundiais, que têm aumentado devido à crise energética e a recente guerra na Ucrânia.
LUSA/HN
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