Segundo Yan Sergerie (GSK Global Medical Affairs, Lead), Dominique Descamps (GSK Vaccines R&D Belgium, Vice President), Rodrigo Schrage Lins (Society of Infectious Diseases of the State of Rio de Janeiro, President) e Mark Doherty (GSK Global Medical Affairs, Senior Manager), a vacinação das crianças e a vacinação dos adultos são encaradas de maneira diferente pela população em geral. Por isso, todos defendem que é preciso investir na consciencialização.
A pandemia de Covid-19 tornou evidentes os benefícios da vacinação na população adulta e a importância do sistema imunitário, que fica mais frágil com o avançar da idade. Tal leva os especialistas a apoiar o desenvolvimento de vacinas dirigidas à população adulta. Algumas já estão disponíveis e as farmacêuticas estão a investir no desenvolvimento de outras.
A Covid-19 demonstrou também a importância de disponibilizar os dados clínicos de forma rápida e de mobilizar agilmente todos os players para conseguir colocar vacinas no mercado, destacou Dominique Descamps. A especialista considera que agora é preciso monitorizar as próximas ameaças, porque “precisamos de estar preparados”.
Rodrigo Schrage Lins frisou que as vacinas são “muito importantes” para a prevenção, são “muito seguras” e os efeitos adversos são “muito raros”. E os benefícios não se restringem a uma doença, pois as vacinas treinam o sistema imunitário para responder a diferentes patologias, referiu o especialista.
“A vacinação pode beneficiar todas as pessoas simplesmente porque todos estão em risco, em alguma altura da vida, de potencialmente contrair uma doença infeciosa”, afirmou Yan Sergerie. A pandemia tornou isso claro e confirmou que “devemos garantir que [a vacinação] é considerada uma prioridade na saúde pública”, acrescentou. Nesse sentido, o especialista alertou que, à semelhança das crianças, os adultos também precisam de planos de imunização consolidados. A vacinação em adultos “deveria ser igualmente importante”.
De acordo com a GSK, a falta de informação é uma das principais barreiras à vacinação, pelo que melhorias nesse campo poderiam ajudar a aumentar as taxas de imunização. Um estudo da GSK concluiu que a maioria das pessoas confia sobretudo na informação transmitida pelos profissionais de saúde: 83% dos inquiridos classificaram os profissionais de saúde como a fonte de informação mais importante na vacinação. Mark Doherty revelou também que os médicos disseram que gostariam de estar mais bem preparados para discutir esta questão com os doentes. O moderador, assim como Yan Sergeri, referiu também que os profissionais de saúde deveriam valorizar mais a vacinação nos adultos.
Com a esperança de contribuir para o aumento da cobertura vacinal e o alívio dos sistemas de saúde, a GSK está a trabalhar em três frentes: advocacy, providenciando informação médica; access, apostando nas infraestruturas e nos recursos humanos; e activation, porque quer que a discussão leve à ação.
A GSK está em colaborações para vacinas contra a Covid-19 e a gripe, e para combater a resistência antibiótica. As parcerias da empresa visam desenvolver vacinas e, por outro lado, acelerar o seu desenvolvimento. Dominique Descamps disse que esta colaboração é fundamental e tem de acontecer também entre outros agentes do sistema de saúde.
A especialista acredita que desenvolvimentos futuros poderão trazer-nos vacinas para quem foi infetado, vacinas personalizadas e vacinas para doenças crónicas.
HN/Rita Antunes
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