31/05/2023
Esta iniciativa da AstraZeneca desafia os cientistas em início de carreira a enviarem as suas propostas de investigação para acelerar a descoberta de medicamentos para algumas das doenças mais complexas do mundo.
Até dia 30 de junho, podem ser apresentadas candidaturas por estudantes do último ano de medicina e/ou de doutoramento ou investigadores de pós-doutoramento, de qualquer parte do mundo, com uma ideia inovadora capaz de ajudar a transformar o tratamento de doenças nas áreas cardiovasculares, renais e metabólicas, respiratórias e imunológicas, infecciosas ou raras. Procuram-se ideias com potencial de acelerar a descoberta e o desenvolvimento de novas terapêuticas e abordagens de tratamento e de aumentar a produtividade da I&D.
Os candidatos pré-selecionados terão a oportunidade de apresentar as suas propostas de investigação a um painel de jurados de renome mundial, com a possibilidade de lhes ser atribuída uma posição de pós-doutoramento, totalmente financiada, numa das principais instalações de I&D da AstraZeneca.
O Desafio de Pós-Doutoramento I&D faz parte do compromisso da AstraZeneca de apoiar os primeiros talentos, oferecendo oportunidades de trabalho num ambiente diversificado e inclusivo, que permita que a ciência prospere.
Mais informações sobre o desafio e a apresentação das candidaturas estão disponíveis aqui.
PR/HN/RA
31/05/2023
Segundo o relatório do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo da Direção-Geral da Saúde, em 2019 morreram em Portugal mais de 13.500 pessoas por doenças atribuíveis ao tabaco, das quais 10.814 homens e 2.745 mulheres.
Segundo os resultados do Inquérito Nacional de Saúde de 2019, 17% da população residente em Portugal com 15 ou mais anos era fumadora diária ou ocasional, menos três pontos percentuais do que em 2014.
Os dados do programa da DGS estimavam ainda que 1,3 milhões de pessoas fumavam diariamente e 248 mil faziam-no ocasionalmente em Portugal.
A atual lei do tabaco está em vigor deste 2017 e o Conselho de Ministros aprovou, em 11 de maio, um novo diploma que pretende “ir mais longe” nas restrições à venda e nas limitações ao consumo, alegando que se trata de um “seríssimo problema de saúde pública”.
Uma das medidas previstas inicialmente na proposta de lei era a proibição da venda de tabaco nos postos de abastecimento de combustível, que mereceu a contestação dos representantes do setor, e que o Governo deixou cair, com o argumento de que, em algumas localidades, “o sítio para comprar tabaco ficava demasiado longe”.
Com o diploma que já entrou na Assembleia da República, o Governo pretende uma “geração livre de tabaco até 2040”, tendo também em conta os novos padrões de consumo que surgiram com produtos como os cigarros aquecidos, sobretudo, entre os mais novos.
A nível mundial, a OMS estima que o tabaco seja responsável por oito milhões de mortes anuais e, este ano, está a pedir aos Governos que deixem de subsidiar o cultivo da planta do tabaco e apoiem as culturas de produtos alimentares.
A organização com sede em Genebra alerta que, enquanto mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentam a insegurança alimentar aguda, cerca de três milhões de hectares de terra são utilizados para o cultivo de tabaco, “mesmo em países onde as pessoas passam fome”.
O Dia Mundial Sem Tabaco, que se celebra todos os anos em 31 de maio, foi adotado em 1989 na 42.ª Assembleia Mundial da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS).
LUSA/HN
30/05/2023
“Os programas de saúde oral e os médicos dentistas devem ser aproveitados para uma vertente de promoção de hábitos saudáveis, nomeadamente na alteração da mudança comportamental e de fatores de risco”, disse Miguel Pavão, que falava à agência Lusa a propósito do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala na quarta-feira.
O bastonário lamentou que estas valências não sejam utilizadas pelas autoridades de saúde, relatando que o que acontece é que “os médicos dentistas o fazem por livre e espontânea vontade” para dar um maior acompanhamento aos doentes.
Falando da sua experiência, Miguel Pavão contou que tem muitos doentes que deixaram de fumar durante os processos de tratamento. “Estou a falar de doentes que fumavam três maços de cigarro por dia, ainda hoje me agradecem”.
Mas, insistiu, “não há estímulo nenhum a que as políticas de saúde utilizem os médicos dentistas”, por exemplo, na prevenção do consumo do tabaco que está muito ligado a muitas patologias de saúde oral, como a doença periodontal, a leucoplasia e o cancro oral, que mata cerca de 1.000 pessoas por ano em Portugal, e cujo risco aumenta 38 vezes se a pessoa fumar e consumir álcool regularmente.
Para elucidar sobre este risco, Miguel Pavão citou dados do Instituto Nacional de Estatística relativos a 2022 que indicam que 20% da população portuguesa maior de 16 anos consome bebidas alcoólicas diariamente e 14,1% fuma todos os dias.
“Só 40% das pessoas que têm cancro oral é que sobrevivem mais de 5 anos”, observou, alertando também para os riscos da “leucoplasia, uma lesão branca que tem uma potencialidade de se tornar maligna, que num fumador acontece seis vezes mais do que numa pessoa que não fume”.
Comentando as alterações à Lei do Tabaco, o bastonário salientou que a Ordem, “apesar da polémica”, está “ao lado desta legislação e do Governo”, mas considerou que “Portugal podia ter sido muito mais restritivo”.
“Este processo não é novo e aquilo que se tornou polémico há uns anos trouxe muitos direitos à população, em benefício de todos”, disse, frisando que ao tornar as populações mais saudáveis, os sistemas de saúde também são mais sustentáveis.
Por isso, defendeu que os dentistas “apoiam fortemente” qualquer iniciativa que tenha por objetivo melhorar a saúde oral dos portugueses e os seus fatores de risco porque, sublinhou, “apesar do aumento da prevenção e de muita informação por parte dos pacientes, a verdade é que as consequências continuam a ser muito graves e muito danosas para a população”, a nível económico, social e da saúde.
“O tabaco é das principais causas de morte que poderia ser evitada no mundo e na Europa e por isso é que se compreende que o Governo queira ir mais longe”, afirmou, rematando: “Não há nenhum profissional de saúde que, na sua essência, possa contrariar esta tendência, independentemente da contestação que alguns, numa vertente chamar-lhe-ia mais moralista, possam tentar encontrar naquilo que são as suas liberdades individuais”.
LUSA/HN
30/05/2023
Em véspera do Dia Mundial da Saúde Digestiva, Guilherme Macedo alertou para a importância de estilos de vida mais saudáveis, como uma alimentação com mais ingestão de legumes e frutos, exercício regular e ausência ou redução de consumos de tabaco e álcool, a par do rastreio precoce.
A SPG iniciou hoje a campanha “Não empurres a Saúde Digestiva com a barriga”, que decorrerá até ao final de junho, Mês da Saúde Digestiva, para “alertar os portugueses para cuidados a ter com a saúde digestiva, seja pela adoção de comportamentos saudáveis, seja para demonstrar o impacto que as medidas de prevenção têm permitido evitar doenças mais graves”.
Num vídeo associado à campanha e que conta com a intervenção de vários especialistas em gastroenterologia, Guilherme Macedo sublinha que o cancro no intestino em Portugal “mata uma equipa de futebol por dia” e que as doenças do aparelho digestivo afetam mais de 25 mil portugueses e são um problema crescente a nível mundial.
O especialista em gastrenterologia e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto destaca a necessidade de existir no Serviço Nacional de Saúde (SNS) um acesso mais facilitado às consultas de especialidade (é o médico de família que encaminha o doente para esta especialidade, que tem grandes períodos de espera) e sobretudo aos exames de diagnóstico e às modalidades de tratamento que os médicos propõem.
O especialista sublinha que através da colonoscopia, além de se poder detetar algum problema de doenças inflamatórias do intestino, é também possível remover pólipos e fazer biopsias.
Na edição deste ano do Mês da Saúde Digestiva, iniciativa de responsabilidade social corporativa a SPG vai sair à rua para perguntar aos portugueses o que sabem sobre Saúde Digestiva, sobre a especialidade de Gastrenterologia, sobre o aparelho digestivo e outras questões relacionadas com exames de prevenção.
Paralelamente estará também disponível um ‘vídeocast’, Aqui, para amostra de que muito há ainda para aprender sobre a Saúde Digestiva.
Com a campanha, a SPG pretende “recordar aos portugueses a relevância que a Saúde Digestiva tem na qualidade de vida e reforçar a mensagem de que todos devem estar atentos para a prevenção de doenças do aparelho digestivo que se não forem atempadamente sinalizadas poderão tornar-se em problemas graves, como é, por exemplo, o caso do cancro do intestino ou das hepatites”.
Para reforçar esta temática, a SPG junta-se à RunPorto, entidade organizadora de eventos desportivos, para promover em 18 de junho, em Gaia, uma minicorrida de sete quilómetros, cuja inscrição deve ser feita através da sociedade.
A SPG sugere ainda a consulta da página da edição 2023 do Mês da Saúde Digestiva, disponível Aqui.
LUSA/HN
28/05/2023
“Já testamos o modelo de forma a garantirmos que há total segurança clínica em que esse medicamento seja distribuído próximo do sítio onde as pessoas moram, dependendo da vontade delas. Isto está a ser trabalhado do ponto de vista técnico, nomeadamente com a Ordem dos Farmacêuticos e com a Associação Nacional de Farmácias”, esclareceu o ministro.
Pizarro disse estar “seguro” de que “no segundo semestre deste ano, na parte final deste ano, o sistema estará generalizado com o benefício muito grande para a vida das pessoas”.
Entre “150 mil a 200 mil portugueses” têm de se deslocar uma vez por mês ao hospital para receber medicamentos, destinados a doenças mais complexas – como doenças oncológicas, doenças autoimunes e certas infeções, como o VIH SIDA – que são fornecidos gratuitamente pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) e “muitas dessas pessoas fazem centenas de quilómetros para levantar o medicamento”, referiu.
O ministro disse ainda que há “pequenas adaptações a fazer, nomeadamente ao nível dos circuitos informáticos”. “Temos de garantir que os medicamentos chegam às pessoas e que não há falhas no abastecimento, embora o abastecimento seja da responsabilidade do SNS”.
“Estamos, no fundo, a entregar de uma forma diferente aquilo que já entregávamos, em vez de obrigarmos as pessoas a fazer em alguns casos dezenas ou centenas de quilómetros para ir ao hospital, estamos a colocar o medicamente na farmácia à escolha da pessoa o mais próximo possível de sua casa”, frisou.
O ministro da Saúde falava aos jornalistas após participar na conferência para assinalar 40.º aniversário da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), que hoje se realizou no Palácio da Bolsa, no Porto.
Manuel Pizarro lembrou que nos últimos três anos começaram a sua formação nesta especialidade mais de 500 jovens médicos.
“A condição principal é formar os médicos suficientes para nos aproximarmos do objetivo de dar a cada português uma equipa de medicina familiar, a segunda condição é criarmos condições para que esses médicos sejam atraídos para ficar no SNS”, disse o ministro.
O governante acrescentou que, “no atual concurso, dos 307 médicos que acabaram a especialidade no continente 278 – um pouco mais de 90% – ficaram no SNS e ainda houve 36 médicos que não estando no SNS vieram ao concurso e ficaram”.
“É um trabalho que temos de continuar a fazer com persistência, temos agora de abrir novas fases deste concurso para tentarmos conseguir que mais algumas dezenas de médicos que estão fora do sistema venham para o SNS”, sublinhou.
Pizarro defendeu ainda a criação de modelos alternativos temporários de prestação de cuidados “para que a realidade no SNS não seja uma realidade boa para quem tem médico de família e ausência de cuidado para quem não tem”.
“Tem de haver modelos alternativos que vamos desenvolver nos próximos meses”, acrescentou.
“Se todos os concursos nos últimos anos tivessem corrido como este ano, com uma taxa de retenção superior a 80% em geral e superior a 90% para os recém-especialistas teríamos a situação bastante melhor do que temos atualmente”, considerou.
NR/HN/Lusa