Novo relatório avaliará anualmente a saúde em Portugal

26 de Abril 2022

Na V Conferência da Convenção Nacional da Saúde, que se realizou no dia 20 de abril, o presidente da comissão organizadora anunciou que será lançado em breve um relatório anual de avaliação quantitativa e qualitativa do sistema nacional de saúde.

“Estamos a trabalhar com um grupo de jovens consultores e queremos que esta avaliação contribua de forma positiva e construtiva para o desenvolvimento de um melhor sistema de saúde em Portugal. O relatório será anual e assenta em três premissas: a pessoa como centro ou no centro do sistema de saúde, o valor da saúde e a promoção da saúde e do bem-estar”, revelou Eurico Castro Alves.

O presidente da comissão organizadora da Convenção Nacional da Saúde explicou que se pretende que este documento funcione como um instrumento de trabalho para os governantes dos próximos anos, ajudando-os a tomar as decisões mais acertadas, e “nunca como um instrumento de reivindicações de corporações desta ou daquela natureza”. “E para que ele seja aceite e credível, haverá a maior das preocupações para que seja objetivo, tangível, não tenha subjetividades e haja todo o rigor técnico e científico”, continuou.

Na V edição da Conferencia Nacional da Saúde – com o Alto Patrocínio do Presidente da República e “Saúde, Prioridades para a Legislatura 2022-2026” como tema principal -, Eurico Castro Alves salientou ainda que “temos que avaliar como estamos a fazer a prevenção, o diagnóstico e o tratamento dos nossos cidadãos” e que é “urgente recuperar a atividade assistencial para níveis pré-pandemia, envolvendo todo o sistema de saúde (público, privado e social), e desta vez sem quaisquer preconceitos de ordem ideológica e recorrendo de facto a todos os recursos disponíveis, designadamente as verbas do PRR”.

Depois de relembrar que os portugueses “têm que estar” no centro do modelo de saúde, Eurico Castro Alves alertou que é preciso garantir o acesso rápido e equitativo à inovação terapêutica e às tecnologias de saúde, “com a mesma facilidade com que isso existe em todos os países da União Europeia e da OCDE”, bem como “caminhar no sentido de uma rápida transição digital, assente no interesse e benefício dos cidadãos e tendo sempre em conta as questões de confidencialidade”, e fazer um balanço do combate à pandemia.

“A convenção nacional da saúde tem vindo a defender a criação de uma entidade independente, com competências técnicas e que possa avaliar a forma como o país foi capaz de responder a esta doença”, referiu.

Por último, Eurico Castro Alves desejou felicidades aos candidatos a bastonário da Ordem dos Médicos e disse que a Convenção Nacional da Saúde conta com o apoio de quem for eleito.

HN/Rita Antunes

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