“A Direção-Geral da Saúde está disponível para antecipar esta vacinação se se justificar. Se houver um aumento de casos poderá ser antecipada”, disse Graça Freitas, acrescentando que a logística desta vacinação – se acontecerá em centros específicos ou nos centros de saúde – também ainda está a ser analisada.
A responsável falava no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, à margem da 10.ª Conferência “Sustentabilidade em Saúde”, um dia depois de a ministra da Saúde ter anunciado que as pessoas com mais de 80 anos vão receber a dose de reforço da vacina contra a covid-19 a partir do final de agosto ou início de setembro.
“Face às características deste vírus, e estando a situação epidemiológica relativamente controlada, o que parece fazer mais sentido é que esse momento aconteça apenas antes do início do outono/inverno. Portanto, em final de agosto/início de setembro”, disse Marta Temido.
Questionada hoje sobre o arranque da vacinação contra a gripe e sobre a hipótese de se antecipar esta vacinação para ocorrer ao mesmo tempo da dose de reforço contra a covid-19, Graça Freitas respondeu que a situação estava “a ser estudada”, acrescentando que tal poderá acontecer se houver ganhos em termos de conforto para os utentes e de eficácia da vacinação.
A propósito dos casos de hepatite de origem desconhecida em crianças que ocorreram nalguns países europeus, e questionada sobre se com a aproximação do verão a DGS equaciona algumas medidas de controlo de mobilidade e turistas vindos de países onde estes casos ocorreram, Graça Freitas disse que as únicas medidas recomendadas são a etiqueta respiratória e a higiene das mãos.
Sublinhou que se trata de uma doença de contacto reduzido e lembrou que foi constituída uma ‘task-force’ para garantir que, se surgir algum caso em Portugal, seja precocemente detetado e rapidamente investigado.
Lembrou ainda que não foi até ao momento detetado qualquer caso em Portugal e que a origem desta infeção é ainda desconhecida.
O surto “de origem desconhecida” foi anunciado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a 15 de abril e afeta crianças com idades entre um e 16 meses, com inflamação do fígado e, “em muitos casos”, sintomas gastrointestinais como dores abdominais, diarreia e vómitos, e elevação das enzimas do fígado.
Pelo menos uma criança morreu e em cerca de 10% dos casos foi preciso fazer um transplante de fígado.
LUSA/HN
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