Em Portugal, a dor é a principal condição que leva o doente a procurar os Cuidados de Saúde Primários(CSP). Estima-se que, atualmente, três milhões de portugueses vivem com dor crónica, uma epidemia silenciosa, mas grave e complexa.
Dados do estudo “Chronic Pain Care – Prevalência e Caracterização da Dor Crónica nos Cuidados de Saúde Primários”, promovido pela Grünenthal, revelam que a dor crónica afeta cerca de 33% (1) dos indivíduos seguidos nos CSP. Em média, de acordo com o mesmo estudo, o diagnóstico de
dor crónica demora quatro anos após os primeiros sintomas e a doença provoca um elevado impacto psicológico e emocional nos doentes.
Estas conclusões demonstram o papel basilar da Medicina Geral e Familiar na gestão do doente com dor crónica e a necessidade cada vez maior de encararmos a dor como uma prioridade nos CSP. O médico de Medicina Geral e Familiar é, na maior parte dos casos, o primeiro contacto do doente e a “porta de entrada” no Serviço Nacional de Saúde.
Tendo a capacidade de avaliar o doente globalmente e uma proximidade privilegiada com a comunidade, o seu contributo é decisivo em todas as fases, desde a prevenção ao tratamento da dor. Neste contexto, sublinhe-se ainda a importância da comunicação entre médico e doente, essencial para a definição de objetivos terapêuticos realistas e para uma gestão da dor que permita ao doente manter a sua funcionalidade e qualidade de vida.
Porque acreditamos que é possível melhorar a vida dos doentes com dor e reconhecemos o papel preponderante do Médico de Família na missão de travar a progressão desta patologia, na Grünenthal também continuamos a promover ações formativas e de sensibilização, que apoiem estes profissionais na sua prática clínica diária.
Neste Dia Mundial do Médico de Família, 19 de maio, agradecemos o esforço e a dedicação demonstrados pelos profissionais de Medicina Geral e Familiar, sendo peça-chave na melhoria dos cuidados de saúde de todos os portugueses.
1 Antunes F, et al. Prevalence and Characteristics of Chronic Pain Among Patients in Portuguese Primary Care Units. 2021 Dec;10(2):1427-1437. doi: 10.1007/s40122-021-00308-2. Epub 2021 Aug 28
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