Sob pressão da China, Taiwan foi privado do estatuto de observador da Assembleia Mundial da Saúde que teve até 2016.
A ilha tem sido apoiada pelos Estados Unidos, que continuam a enaltecer a sua resposta à pandemia, em oposição à gestão feita pela China.
“As ameaças sem precedentes à saúde que enfrentamos atualmente exigem estreita cooperação internacional” e “convidar Taiwan (…) ilustraria o compromisso da OMS com uma abordagem inclusiva”, declarou o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, em comunicado divulgado pouco antes da reunião em Genebra.
No início da 75.ª Assembleia Mundial da Saúde – o órgão supremo decisório da OMS -, 13 países, entre eles Belize, Haiti, Essuatíni e Tuvalu, propuseram colocar na agenda a atribuição a Taiwan de um assento como observador permanente.
Uma comissão da Assembleia debateu o assunto no domingo à porta fechada e decidiu não colocar o assunto na ordem do dia. A decisão acabou por ser aprovada pelos deputados.
Esta proposta foi “uma manipulação política”, denunciou o embaixador chinês, Chen Xu. “O seu objetivo real é alcançar a independência através da pandemia”, disse.
O representante de Essuatíni negou esta acusação: “A participação de Taiwan na Assembleia Mundial da Saúde não é uma questão política”, defendeu.
Taiwan foi excluído da OMS em 1972, mas foi autorizado a participar na AMS como observador, entre 2009 e 2016, quando as relações com Pequim eram menos tensas.
LUSA/HN
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