Às dificuldades emocionais, sociais e económicas reportadas pelos cuidadores informais, juntam-se as que dizem respeito à formação e capacitação, identificadas por mais de metade (51,8%) dos inquiridos pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais. Para melhorar o panorama, o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais vai percorrer o país, de norte a sul, levando informação e formação a quem mais precisa, no formato de sessões de esclarecimento.
Com o apoio das câmaras municipais que integram a Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI), especialistas das associações que fazem parte do Movimento vão ser os guias das sessões que visam colmatar as dificuldades detetadas ao nível de compreensão e acesso à informação. E porque muitos destes cuidadores não têm acesso a plataformas digitais, estas sessões vão ser presenciais, obedecendo a todas as regras de segurança determinadas pela Direção-Geral da Saúde.
“Pretendo com a minha intervenção, nesta sessão em Sesimbra, contribuir e apoiar todos os cuidadores informais presentes a compreender melhor quais os seus direitos, o que é o Estatuto, e a quem podem e devem solicitar ajuda nesta tarefa tão importante e essencial na nossa sociedade. Queremos, como Movimento, promover o esclarecimento de informação junto do maior número de cuidadores possíveis e este é mais um passo para chegarmos a cuidadores que, por exemplo, não têm acesso à internet, redes sociais ou que têm dificuldades em aceder a informação”, diz Vanda Pinto, assistente social da Alzheimer Portugal, uma das mais de trinta associações que compõem o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais.
“São muitas as mulheres e os homens que, em Portugal, desempenham a tarefa de cuidador informal, um trabalho exigente e desgastante, na maior parte das vezes sem qualquer recompensa material. E são também muitos, como pudemos constatar através do inquérito realizado pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais, os que precisam de mais apoio, de informações, de esclarecimentos e ajuda para desempenharem as suas tarefas”, refere Pedro Moura, diretor-geral da Merck Portugal. “Porque somos, na Merck, ‘As One for Patients’, isso significa que não podemos ficar alheios às dificuldades de quem cuida dos doentes. As sessões que agora têm início destinam-se a melhorar a vida destas pessoas, que cuidam sem pedir nada em troca, a facilitar as suas tarefas, através da partilha de mais conhecimento.”
Sesimbra é a primeira autarquia a receber estas sessões. Estão convidados todos os interessados em saber mais sobre os direitos dos doentes e dos cuidadores e diferentes aspetos associados ao Estatuto do Cuidador Informal. As restantes vão prosseguir, ao longo do ano, noutras zonas do país, com as datas a anunciar em breve no website do Movimento.
A sessão é aberta a todos os cuidadores informais, profissionais de saúde, farmacêuticos e assistentes sociais interessados, e não necessita de inscrição prévia.
PR/HN/Rita Antunes
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