Pfizer lança iniciativa para garantir que também os países mais pobres têm acesso aos seus medicamentos e vacinas

25 de Maio 2022

A Pfizer lançou hoje "An Accord for a Healthier World”, uma iniciativa que visa fornecer todos os seus medicamentos e vacinas disponíveis nos EUA e na União Europeia sem fins lucrativos a 1,2 biliões de pessoas em 45 países de baixo rendimento.

“Vivemos numa época em que a ciência demonstra cada vez mais capacidade de enfrentar as doenças mais devastadoras do mundo. Infelizmente, há uma enorme lacuna de equidade em saúde no nosso mundo que determina quem pode usar essas inovações e quem não pode. Com tudo o que aprendemos e conseguimos nos últimos dois anos, chegou a hora de começar a diminuir ainda mais essa lacuna. (…) a Pfizer está entusiasmada e orgulhosa por lançar An Accord for a Healthier World”, disse o presidente e CEO da Pfizer, Albert Bourla.

“Como aprendemos no lançamento global da vacina contra a Covid-19, o fornecimento é apenas o primeiro passo para ajudar os doentes. Trabalharemos em estreita colaboração com os líderes globais da saúde para incrementar melhorias no diagnóstico, educação, infraestrutura, armazenamento, entre outros. Só quando todos os obstáculos forem superados poderemos acabar com as desigualdades na saúde” e chegar a todos os doentes, referiu Bourla.

O Acordo envolve todos os 27 países de baixo rendimento, bem como 18 países de rendimento médio-baixo que abandonaram a classificação de baixo rendimento nos últimos dez anos. A Pfizer começará por trabalhar com as autoridades de saúde de cinco país: Ruanda, Gana, Malawi, Senegal e Uganda, para identificar insights e oportunidades iniciais, de maneira a garantir que todos os medicamentos e vacinas chegam a quem deles necessita. Este trabalho incluirá apoio ao diagnóstico, formação e treino de profissionais de saúde, gestão da cadeia de abastecimento e outras melhorias nas infraestruturas. Assim, as aprendizagens permitirão apoiar a implementação do projeto nos restantes quarenta países.

Simultaneamente, a Pfizer colaborará com os participantes do Acordo para identificar vias regulatórias e processos de aquisição rápidos e eficientes, de forma a acelerar a disponibilização de novos medicamentos e vacinas nestes países.

A farmacêutica comprometeu-se a fornecer 23 medicamentos e vacinas que tratam doenças infeciosas, alguns tipos de cancro e doenças raras e inflamatórias. Disponibilizar mais rapidamente esses fármacos e vacinas poderá permitir tratar doenças não transmissíveis e doenças infeciosas que matam, nesses países, todos os anos, quase um milhão de pessoas, e doenças crónicas com um impacto significativo na qualidade de vida de pelo menos mais meio milhão. A Pfizer já garantiu que, no futuro, os novos medicamentos e vacinas serão igualmente incluídos neste Acordo.

A iniciativa visa também um acesso mais rápido aos futuros medicamentos e vacinas da Pfizer sem fins lucrativos para os 45 países, particularmente aqueles que tratam doenças que afetam desproporcionalmente a saúde global. Nesse sentido, a Pfizer, com o financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates, está a trabalhar no desenvolvimento de vacinas candidatas para a prevenção do streptococcus do grupo B – uma das principais causas de morte de fetos e recém-nascidos em países de baixo rendimento. Além disso, estão a ser discutidas oportunidades para apoiar o desenvolvimento da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR).

Bill Gates, co-presidente da Fundação Bill & Melinda Gates, defende que todas as pessoas, “independentemente de onde vivam, devem ter o mesmo acesso a medicamentos e vacinas inovadores e que salvam vidas”. “An Accord for a Healthier World pode ajudar milhões de pessoas em países de baixo rendimento a obter as ferramentas de que precisam para viver uma vida saudável. A Pfizer está a dar um exemplo para outras empresas seguirem.”

“O acesso rápido e acessível aos mais avançados medicamentos e vacinas é a pedra angular da equidade em saúde global. O compromisso da Pfizer (…) estabelece um novo padrão a respeito disso. Combinado com investimentos adicionais no fortalecimento dos sistemas de saúde pública e reguladores farmacêuticos de África, o Acordo é um passo importante em direção à segurança sanitária sustentável para países de qualquer nível de rendimento”, afirmou o presidente do Ruanda, Paul Kagame.

Já o Presidente do Gana, Nana Addo Dankwa Akufo-Addo, frisou que devemos “continuar a lutar por cuidados de saúde de qualidade, para que todas as pessoas tenham uma vida mais longa, forte e saudável”. “Isso exigirá uma forte cooperação entre os setores público e privado. Estamos orgulhosos por aderir a este Acordo para trabalharmos juntos neste importante objetivo.”

“O Senegal apoia orgulhosamente o lançamento de Um Acordo para um Mundo Mais Saudável para melhorar a equidade e os resultados em saúde para as pessoas do nosso país e em todo o mundo”, declarou o Presidente Macky Sall. “Juntos vamos trabalhar por um mundo melhor.”

“O bom deste Acordo é que ajuda os países de baixo rendimento sem violar a sua dignidade e agência como pessoas, pois é uma verdadeira parceria que implica a partilha do peso de custos e tarefas entre a Pfizer e países como o Malawi, na produção e entrega de produtos que salvarão milhões de vidas. É assim que todos os problemas globais deveriam ser enfrentados”, comentou Lazarus Chakwera, Presidente do Malawi. “Este acordo é a personificação daquilo que é o Fórum Económico Mundial, (…) sinergia estratégica entre os decisores políticos (…), o setor privado e a sociedade civil, para permitir que esses três stakeholders façam juntos, numa escala global, o que não podem fazer sozinhos.”

Para o Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, chegou a hora de “acabar com a lacuna de equidade em saúde”. “O Uganda orgulha-se em juntar-se ao Acordo, e estamos comprometidos em trabalhar com a Pfizer e todos os parceiros do Acordo para encontrar novas maneiras de abordar os desafios do acesso”.

Em representação da Pfizer, Angela Wang deixou um apelo global: “Pedimos aos governos, líderes globais de saúde, comunidade de ONGs, organizações de desenvolvimento e instituições financeiras para se juntarem a este acordo de mudança que nos aproximará de acabar com a lacuna de equidade em saúde e criar um mundo mais saudável. Precisamos dos vossos conhecimentos e recursos; mas, ainda mais importante, precisamos do vosso compromisso e da crença de que temos o poder de mudar o status quo.”

PR/HN/Rita Antunes

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