Num requerimento endereçado à ministra da Saúde, através do parlamento, a bancada comunista requer a audição “com urgência” de Marta Temido para “prestar esclarecimentos quanto à contratação de médicos de medicina geral e familiar, à colocação de médicos em zonas carenciadas, e ao cumprimento do direito ao acesso à saúde por todos os utentes”.
O PCP sustenta que entre dezembro de 2020 e março deste ano o número de utentes sem médico de família aumentou e hoje há cerca de 1,3 milhões de pessoas sem médico de família atribuído.
O PCP acrescenta que cerca de mil médicos de família estão em condições para se reformarem em 2022, argumentando que estes dois elementos são motivo de “grande preocupação”.
“É fundamental que o Ministério da Saúde avance com medidas necessárias para sua resolução [da falta de médicos de família], o que não se antevê face aos posicionamentos que têm vindo a ser tomados, nomeadamente no âmbito do reforço de contratações e da valorização dos profissionais de saúde no SNS”, completam os comunistas.
O PCP alega ainda que há um número “muito reduzido” de profissionais na área da saúde mental “para responder adequadamente às necessidades das populações”.
“Faltam psicólogos no SNS, faltam especialistas de psiquiatria no SNS, capazes de responder aos desafios que o contexto de isolamento e de alteração das condições de vida imposto (…) pelo desenvolvimento do cenário epidémico de Covid-19, e que ainda se prolonga na atualidade, trouxe no que respeita à saúde mental”, advoga o partido.
Da parte do Governo, considera o partido, “não se conhece a resposta” a estas questões.
LUSA/HN
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