Todos os casos confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, refere a DGS no seu ‘site’, adiantando que casos identificados se mantêm em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis.
“A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve”, informa a autoridade de saúde, acrescentando que a informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional.
Num documento publicado no ‘site’ sobre a doença, a DGS aconselha a quem tiver sintomas e sinais compatíveis com a doença, e sobretudo se tiver tido contacto próximo com alguém que possa eventualmente estar infetado, para entrar em contacto com centros de rastreio de infeções sexualmente transmissíveis, recorrer a serviços de urgência para aconselhamento e avaliação ou ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24).
A DGS alerta que a infeção pode ser transmitida de uma pessoa para outra através de contacto físico próximo, incluindo contacto sexual. “Atualmente não se sabe se o vírus monkeypox pode ser transmitido através de sémen ou fluidos vaginais, mas o contacto direto, pele com pele, com lesões em práticas sexuais pode transmiti-lo”, sublinha no documento.
Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
As lesões cutâneas geralmente começam entre um a três dias após o início da febre e podem ser planas ou ligeiramente elevadas, com líquido claro ou amarelado, e acabam por ulcerar e formar crostas que mais tarde secam e caem, refere a DGS.
“O número de lesões numa pessoa pode variar, tendem a aparecer na cara, mas podem alastrar-se para o resto do corpo e mesmo atingir as palmas das mãos e plantas dos pés. Também podem ser encontradas na boca, órgãos genitais e olhos”, informa, acrescentando que estes sinais e sintomas geralmente duram entre duas a quatro semanas e desaparecem por si só, sem tratamento.
Na orientação que define a abordagem clínica e epidemiológica da doença, a DGS refere que os casos suspeitos devem ser referenciados rapidamente para observação médica e os contactos assintomáticos podem continuar a manter as suas rotinas diárias, não necessitando de isolamento, mas durante o período de vigilância devem evitar viagens longas para que “possa ser mais exequível e mais rápido o isolamento”, na eventualidade de aparecimento sintomas.
No âmbito das medidas de saúde pública, a DGS recomenda que, perante um caso suspeito, provável ou confirmado, deve proceder-se ao isolamento e manter o distanciamento físico até à resolução das lesões (queda das crostas), assim como privar-se de permanecer no mesmo espaço se coabitar com crianças pequenas, grávidas e pessoas imunodeprimidas.
Entre outras medidas, deve ainda ser mantida abstinência sexual e privação de contactos próximos, garantida a higienização e desinfeção de objetos de uso pessoal, vestuário, roupas de cama, atoalhados e superfícies do espaço doméstico e limpas as superfícies duras com detergentes com cloro, deixando secar ao ar.
LUSA/HN
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