Setor farmacêutico ajuda refugiados a manter terapias encontrando medicamentos similares

9 de Junho 2022

As farmácias e os farmacêuticos portugueses vão ajudar os refugiados ucranianos a manter as suas terapias, identificando os medicamentos disponíveis no mercado nacional que são similares aos vendidos na Ucrânia, foi esta quinta-feira anunciado.

Em comunicado conjunto, a Ordem dos Farmacêuticos e a Associação de Farmácias (ANF) informam que o Centro de Informação do Medicamento e Intervenções em Saúde da ANF já preparou um documento para suportar a intervenção farmacêutica junto dos cidadãos ucranianos, disponibilizando “procedimentos de apoio e ferramentas específicas de identificação de medicamentos similares nos dois países”.

Tratando-se de medicamentos sujeitos a receita médica, “o farmacêutico identifica a substância ativa e a sua correspondência em Portugal, encaminhando de seguida a pessoa, com essa indicação, ao serviço de saúde mais próximo”, para poder aceder à avaliação médica e posterior prescrição, explica a nota.

As duas organizações adiantam ainda que poderá também partilhar ser partilhado com o utente um ‘link’ para informação sobre os medicamentos, em ucraniano, situação que sublinham ser “particularmente importante e urgente para as pessoas que vivem com doença crónica”.

“As farmácias portuguesas estão na primeira linha de apoio e acompanhamento de pessoas que vivem com doença. É fundamental que os refugiados com doenças crónicas não suspendam a sua medicação e saibam que podem contar com este apoio dos farmacêuticos”, esclarece a presidente da ANF, Ema Paulino, citada no comunicado.

Segundo a nota, a Ordem dos Farmacêuticos (OF) constituiu também uma bolsa de farmacêuticos ucranianos a residir em Portugal, que estão disponíveis para apoiar os colegas e restantes cidadãos ucranianos refugiados no acesso à medicação.

“Estes farmacêuticos portugueses com raízes ucranianas têm diferentes experiências pessoais e profissionais, fluência na língua e podem, igualmente, ajudar a avaliar equivalências e/ou alternativas terapêuticas no mercado português”, acrescenta.

A ANF e a Ordem dos Farmacêuticos lembram que o setor farmacêutico nacional “tem acompanhado atentamente a evolução da crise humanitária na Ucrânia”, enviando várias toneladas de medicamentos e produtos de saúde para a Ucrânia e procurando soluções para apoiar a integração dos cidadãos refugiados em território nacional.

“Tudo para que não tenham de enfrentar ainda mais obstáculos na fase de vida que atravessam”, destaca o bastonário dos farmacêuticos, Hélder Mota Filipe.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Renato Nunes: “A Reabilitação Deve Estar na Primeira Linha dos Cuidados de Saúde”

Em entrevista ao HealthNews, Renato Nunes, médico fisiatra e presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, partilha a sua perspetiva sobre o Dia Mundial da Saúde, cujo tema este ano é “Inícios Saudáveis, Futuros Cheios de Esperança”. Renato Nunes aborda a importância da reabilitação médica na promoção do bem-estar e na qualidade de vida dos doentes, destacando a necessidade de uma abordagem integral e atempada nos cuidados de saúde, explorando o papel da reabilitação na recuperação, os desafios enfrentados pelos serviços de saúde e a relevância de políticas públicas que valorizem esta área essencial da medicina.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights