Estudo mostra que aquecimento global está a ameaçar a saúde da população na Grã-Bretanha

16 de Junho 2022

De acordo com novas pesquisas da Universidade de Surrey, as ondas de calor estão hoje a deixar mais pessoas nas zonas rurais de Inglaterra gravemente doentes do que na década de 1980.

Investigadores do Centro Global de Investigação do Ar Limpo de Surrey (GCARE) estão agora a apelar aos decisores políticos e colegas cientistas para não esquecerem o meio rural ao formularem soluções para combater os efeitos nocivos das alterações climáticas.

“As ondas de calor estão a ficar mais mortíferas, mesmo na Grã-Bretanha. Já sabíamos que o efeito de ilha de calor urbana agrava o problema nas cidades, mas agora também temos provas de que as pessoas que vivem em zonas menos urbanizadas estão também ameaçadas”, afirmou o Professor Prashant Kumar, Director do GCARE.

A investigação examinou a mortalidade e as temperaturas máximas diárias ao longo de 38 anos – desde 1981 e 2018 – no Sudeste de Inglaterra e em Aberdeenshire.

A equipa do GCARE descobriu que as pessoas que vivem no Sudeste de Inglaterra são agora sete por cento mais propensas a morrer prematuramente quando a temperatura aumenta significativamente (cerca de 6 graus centígrados) acima dos 26,5 graus centígrados. Em Aberdeenshire, o risco de morrer prematuramente aumenta quatro por cento, em comparação com o Sudeste de Inglaterra, quando a temperatura aumenta apenas dois graus, de 24,5 graus C para 26,7 graus C.

“O problema do aumento das temperaturas é pronunciado no Sul de Inglaterra, mas é provavelmente apenas uma questão de tempo até que as áreas do Norte experimentem o mesmo. É preciso fazer mais para se preparar para o calor, e os líderes do governo – nacionais, descentralizados ou locais – precisam de actualizar os seus planos de acção de calor e identificar como proteger as pessoas vulneráveis durante as ondas de calor”, conclui o Professor Kumar.

NR/HN

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