“Neste momento, a parcela é indispensável à continuidade dos trabalhos”, disse a diretora regional, Élia Ribeiro, em declarações à comunicação social no local, explicando que o impasse resulta do facto de os expropriados não estarem de acordo em desocupar o terreno.
Em causa está a conclusão da primeira fase da obra do Hospital Central e Universitário da Madeira – escavação e contenções periféricas – que teve início em maio de 2021.
Os ex-proprietários de quatro moradias construídas num terreno comum com cerca de seis mil metros quadrados não concordam com o montante da expropriação, estabelecido em cerca de 1,4 milhões de euros.
“O valor que está fixado em tribunal é um valor razoável”, disse Élia Ribeiro, vincando que a região autónoma já é a “legitima proprietária” da parcela.
E explicou: “Esta parcela, tal como as outras, tem um problema a que a região é alheia. Os senhores [ex-proprietários] têm cinco agregados, um deles já saiu e foi realojado pela região, os demais construíram num terreno em comum e, por essa razão, a indemnização, sendo justa, não pode corresponder às expectativas”.
A obra do novo Hospital Central e Universitário da Madeira está orçada em cerca de 340 milhões de euros e o Governo da República assegura o cofinanciamento em 50% da construção, fiscalização da empreitada e aquisição de equipamento médico e hospitalar.
A nova unidade hospitalar, localizada na freguesia de São Martinho, nos arredores do Funchal, abrange uma área de 172 mil metros quadrados e terá 607 camas, sendo 79 de cuidados intensivos e 503 destinadas a internamento geral, 11 salas de cirurgia, um parque de estacionamento com capacidade para quase 1.200 automóveis e um heliporto.
O projeto integra também um hospital de dia oncológico pediátrico.
Em maio de 2021, quando começaram os trabalhos de terraplanagem, o Governo Regional (PSD/CDS-PP) anunciou ter gastado 26 milhões de euros em expropriações de parcelas.
LUSA/HN
0 Comments