“A autópsia, com grande probabilidade deverá acontecer amanhã [quarta-feira]. Hoje, à partida, já não deverá ser, dado que ainda nem sequer tenho ordem para realizar autópsia”, disse à agência Lusa Ferreira Santos.
Ainda segundo o coordenador do Gabinete Médico-Legal e Forense da Península de Setúbal, “se o teste à Covid-19 der negativo, a autópsia deverá, com grande probabilidade, ter lugar amanhã, quarta-feira”.
Se o resultado for positivo, terá que existir uma reavaliação, pois terão de ser tomadas “outras precauções”, acrescentou.
De acordo com o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), a menina de três anos que morreu na segunda-feira, alegadamente devido a maus-tratos, deu entrada na unidade de saúde “entubada e ventilada”, tendo sido sujeita a manobras de reanimação, mas “não foi possível reverter a situação”.
A Polícia Judiciária também confirmou hoje à agência Lusa que está a investigar a morte da menor, que terá ocorrido num “quadro evidente de maus-tratos”.
A investigação, de acordo com a PJ, deverá permitir esclarecer se a morte da menina de três anos resultou de um eventual quadro de ofensas à integridade física, agravadas pelo resultado morte, ou se se tratou de um homicídio deliberado.
Pelo menos até hoje de manhã, a PJ de Setúbal ainda não tinha anunciado nenhuma detenção relacionada com o caso.
A estação CNN Portugal noticiou que a vítima esteve durante cinco dias, até segunda-feira, com a ama e que esta terá comunicado à mãe que a menor tinha caído de uma cadeira no dia anterior.
A ama, ainda de acordo a CNN Portugal, terá ainda dito à mãe que tinha medicado a menina com “cinco mililitros de Atarax, um anti-histamínico”.
De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal, o alerta para a situação terá sido dado cerca das 15:40 de segunda-feira, tendo sido mobilizados para o local uma mota, uma equipa de emergência médica do Hospital de São Bernardo e uma ambulância do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).
LUSA/HN
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