Isabel Camarinha falava durante o arranque da campanha nacional “Defender e reforçar o Serviço Nacional de Saúde público, gratuito e universal” que decorreu no ACES Almada/Seixal e que contou com a presença de vários profissionais da área assim como das comissões de utentes.
“Arranca neste agrupamento de centros de saúde por consideramos que o investimento nos cuidados de saúde primários é fundamental para esta defesa e reforço do SNS. É nos cuidados de saúde primários que está o garante da prevenção das doenças”, disse Isabel Camarinha.
Segundo a CGTP, mais de 50 mil utentes no ACES Almada/Seixal não têm médico de família atribuído, nem enfermeiro de família, debatendo-se o agrupamento com falta de profissionais, nomeadamente de assistentes operacionais, assistentes técnicos, enfermeiros e médicos.
Isabel Camarinha adiantou que, a iniciativa se articula com uma ação nacional de luta pelo aumento dos salários e pensões, contra o aumento do custo de vida e o ataque aos direitos que culmina com um dia nacional de luta a 07 de julho.
Na ação de ontem foi aprovada uma resolução a reivindicar uma urgente valorização dos profissionais de saúde dos seus salários e carreiras, a contratação de mais profissionais para dotar o ACES Almada/Seixal de meios humanos e o respeito pelo horário de trabalho das 35 horas semanais.
Os sindicatos da função pública, enfermeiros portugueses e comissões de utentes de Seixal e Almada presentes na iniciativa reivindicam ainda o alargamento do horário de atendimento dos centros de saúde, a construção imediata do hospital do Seixal, o lançamento dos concursos para a construção dos centros de saúde do Laranjeiro, Foros de Amora, Cruz de Pau e Aldeia de Paio Pires e a requalificação e redimensionamento das unidades de Fernão Ferro e Pinhal dos Frades.
À ação associou-se também a vereadora da autarquia do Seixal Maria João Macau, em solidariedade para com a iniciativa tendo relembrado a luta do concelho por um novo hospital.
Para o José Lourenço, da comissão de utentes do Seixal, o Serviço Nacional de Saúde nunca esteve tão em risco como está hoje criticando o atual processo de transferência de competências por considerar que existe uma tentativa de privatizar os cuidados de saúde primários.
A campanha nacional “Defender e reforçar o Serviço Nacional de Saúde público, gratuito e universal” decorrerá em vários pontos do país ao longo do ano.
LUSA/HN
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