Este projeto consiste numa aplicação móvel e numa plataforma web que facilitam a interação remota entre pessoas em tratamento de sintomas de Parkinson e os profissionais de saúde.
O projecto pretende desenvolver um sistema que permita aos pacientes com doença de Parkinson, a partir de casa e através de um telemóvel, monitorizarem os sintomas associados à doença e enviar dados, em tempo real, para os profissionais de saúde que os acompanham. Esta novidade é fruto do sistema iHandUapp, uma tecnologia móvel, desenvolvida pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e será testada em utentes do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ). Esta solução é composta ainda por uma plataforma web, que agrega os dados e fornece, aos profissionais de saúde, um histórico sobre a evolução clínica dos utentes.
De acordo com João Massano, neurologista e coordenador do centro de investigação e ensaios clínicos do CHUSJ, “a aplicação e demais funcionalidades foram analisadas no Serviço de Neurologia e consideradas uma clara mais-valia para profissionais e utentes. O nosso contributo consistiu em desenhar um sistema adaptado às necessidades clínicas. O sistema tem vindo a evoluir e será utilizado num estudo clínico já aprovado no CHUSJ”.
Através deste sistema, os utentes conseguirão gerir a sua medicação, realizar testes para monitorizar os sintomas associados à doença e manter os profissionais de saúde informados caso aconteça algum evento relevante. Além disso, inclui também um dashboard especializado para que os profissionais possam monitorizar o histórico clínico dos utentes em tempo real.
A iHandUapp está preparada para se conectar com componentes externos, os chamados appcessories, para uma melhor monitorização dos sintomas e realização de testes para análise dos sintomas motores das pessoas com sintomas de Parkinson. É o caso do iHandU, um dispositivo com eletrónica embebida que integra uma tecnologia patenteada que permite quantificar a rigidez do pulso, um dos principais sintomas da doença, uma solução que tem vindo a ser desenvolvida pelo INESC TEC desde 2015.
CHUSJ/HN
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