Lacerda Sales falava aos jornalistas na inauguração das novas instalações do Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, que sofreu uma ampliação de seis para 14 camas, num investimento superior a três milhões de euros.
Confrontado com o fecho temporário de serviços em diferentes hospitais, nomeadamente de Obstetrícia e Ginecologia durante o mês de agosto, situação que poderá acontecer também em Aveiro, o governante salientou que os hospitais trabalham em rede.
“Essa é uma das grandes conquistas do Serviço nacional de Saúde e vimos isso durante a pandemia, com as unidades de cuidados intensivos”, disse Lacerda Sales, admitindo que a situação possa causar alguma ansiedade nas grávidas.
Lacerda Sales referiu que cabe no poder discricionário das administrações hospitalares a gestão operacional, com quem o governo está a trabalhar na procura de soluções, que poderão passar pelo encaminhamento de utentes para outras unidades, quando se mostre impossível preencher as escalas.
“O INEM dirige as pessoas para os serviços que possam oferecer melhor resposta, mais rápida e com maior segurança, portanto, ninguém ficará sem respostas”, sublinhou, acrescentando que o INEM “é uma grande instituição cuja imagem deve ser preservada, ainda que casos pontuais devam ser corrigidos”, disse.
O secretário de Estado aproveitou para divulgar alguns dados referindo que “depois de quase três anos de pandemia, o SNS realizou, nos primeiros seis meses deste ano, 17,7 milhões de consultas médicas e mais de 9,5 milhões de consultas de enfermagem, nos cuidados de saúde primários.
Nos hospitais, e para o mesmo período, foram realizadas 6,5 milhões de consultas e mais de 382 mil cirurgias.
“Estes números são a prova de que, apesar da dimensão do desafio soubemos preservar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde”, afirmou.
O governo está a trabalhar na resposta aos novos desafios “com determinação, mas também com investimento e com reformas estruturais” conforme afiançou, dando como exemplo o novo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde, aprovado recentemente em Conselho de Ministros, “para dar melhores respostas à organização, à gestão e à valorização dos seus profissionais.
LUSA/HN
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