O anúncio foi feito pelo diretor clínico do governo australiano, Paul Kelly, e vem abrir portas à mobilização de recursos para combater a doença nas áreas mais afetadas, bem como à implementação de medidas para controlar o vírus.
Num comunicado, Kelly referiu que a varíola dos macacos “é muito menos prejudicial do que a covid-19 e que nenhuma morte foi registada durante o atual surto, fora dos países onde o vírus é endémico”.
A OMS recomendou na quarta-feira aos homens que praticam sexo com outros homens que reduzam o número de parceiros sexuais.
O diretor da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, durante uma conferência de imprensa realizada em Genebra, na Suíça, que a melhor maneira de se protegerem é “reduzir o risco de exposição à doença”.
Para os homens que fazem sexo com homens, isso também significa, de momento, reduzir o número dos parceiros sexuais e trocar informações com qualquer novo parceiro para poder contactá-los em caso de aparecimento de sintomas, para que se possam isolar, explicou Tedros Ghebreyesus, após a OMS ter declarado no sábado a doença como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, o nível mais alto de alerta.
A Direção-Geral da Saúde portuguesa aconselha as pessoas que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, a procurar aconselhamento médico e a evitarem contacto físico direto.
A vacina contra a varíola, assim como antivirais e a imunoglobulina ‘vaccinia’ (VIG), podem ser usados como prevenção e tratamento para esta doença rara.
A doença, que tem o nome do vírus, foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, depois de o vírus ter sido detetado em 1958 no seguimento de dois surtos de uma doença semelhante à varíola que ocorreram em colónias de macacos mantidos em cativeiro para investigação – daí o nome “Monkeypox” (“monkey” significa macaco e “pox” varíola).
LUSA/HN
0 Comments