Na conferência de imprensa realizada hoje, o Secretário de Estado da Saúde admitiu que existem constrangimentos no preenchimento das escalas de Obstetrícia e Ginecologia para o mês de agosto.
Apesar de reconhecer que o país atravessa uma crise na saúde, o Governo quis deixar uma mensagem de tranquilidade a todas as grávidas.
“É importante que o país e as gravidas saibam que o Serviço Nacional de Saúde está disponível para lhes dar uma resposta e para que vivam este momento das suas vidas com segurança e tranquilidade”, sublinhou António Lacerda Sales.
O responsável afirmou que o Ministério da Saúde não vai desistir, estando empenhado em “encontrar as melhores soluções para que se continue a nascer bem em Portugal”.
A conferência de imprensa também contou com a participação de Maria de Fátima Fonseca que garantiu que as reuniões com os conselhos de administração serão concluídas ainda hoje.
“Estamos a desenvolver e ficarão concluídas durante esta manhã as reuniões com todos os conselhos de administração para clarificar todo o regime que decorre do decreto de lei que entrou em vigou a 26 de julho”, disse.
A secretária de estado sublinhou que o diploma vai permitir aos conselhos de administração contratar diretamente profissionais para reforçar os serviços de urgência; valorizar o trabalho no serviço de urgência em função das horas prestadas; ajudas de custo e transporte caso os médicos decidam prestar apoio a uma outra unidade de saúde e “só em ultima analise recorrer aos prestadores de serviços”.
“Estamos certos que com a aplicabilidade deste diploma (…) as respostas serão consolidadas e conseguiremos mobilizar mais profissionais e teremos capacidade de conferir maior previsibilidade na organização dos serviços de urgência”, disse Maria de Fátima Fonseca.
O coordenador nacional da Comissão de Acompanhamento de Resposta em Urgência de Ginecologia, Obstetrícia e Bloco de Partos, reforçou que o número de especialistas em ginecologia-obstetrícia (826) é insuficiente para dar resposta adequada.
Diogo Ayres de Campos frisa que “estamos num momento muito difícil da ginecologia-obstetrícia em Portugal”, pedindo soluções de fundo.
HN/Vaishaly Camões
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